Assinatura
da ordem de serviço nesta terça-feira abre o prazo de 24 meses para a
construção da obra que vai mudar o centro da cidade, com investimento R$
275 milhões
Taguatinga
terá sua região central inteiramente remodelada a partir da construção
do túnel e do boulevard que vai cruzar a cidade, transferindo todo o
trânsito de passagem para Ceilândia, Samambaia e Sol Nascente. A obra,
promessa há pelo menos dez anos, sai do papel nesta semana, com a
assinatura da ordem de serviço pelo governador Ibaneis Rocha e o início
da montagem dos canteiros (veja mais abaixo, em vídeo, a simulação do
projeto).
O
túnel de Taguatinga faz parte do chamado Corredor Eixo Oeste, principal
projeto viário para a região sul do Distrito Federal, e que incluiu o
alargamento do viaduto da EPCT com a EPTG – que será inaugurado no final
de janeiro –, a revitalização completa da avenida Hélio Prates e a
construção do Viaduto da Estrada Parque Indústria Gráficas (EPIG), entre
o Sudoeste e Parque da Cidade.
Mais de 1 km de extensãoem obra que envolve 8 mil toneladas de aço, 90 mil m³ de concreto e 200 mil m³ de terra movimentada
Na
avaliação do secretário de Obras, Luciano Carvalho, trata-se de uma
obra essencial e estratégica para a mobilidade urbana do DF. “Por muito
tempo, as obras do projeto do Corredor Eixo Oeste ficaram engavetadas,
reféns de decisões judiciais. Esta gestão aceitou os desafios, resolveu
os problemas jurídicos, assegurou recursos orçamentários e, agora, vai
começar efetivamente a obra do túnel de Taguatinga, talvez a obra mais
simbólica desta gestão”, destacou Carvalho.
O
túnel terá 1.010 metros de extensão e vai contar com duas vias
paralelas, cada uma com três pistas de rolagem em cada sentido. O
investimento é de R$ 275 milhões, com recursos provenientes de
financiamento firmado pelo GDF com a Caixa Econômica Federal. A previsão
é de que a obra seja concluída em 24 meses, com execução sob
responsabilidade do consórcio Novo Túnel.
De
acordo com Carvalho, o túnel – na verdade serão dois túneis – fará uma
ligação subterrânea para quem segue para Ceilândia, pela via Elmo
Serejo, além de oferecer uma via alternativa pela superfície para o
Centro de Taguatinga. Isso evitará a retenção de veículos nos semáforos
do centro de Taguatinga. Com a conclusão da obra, os carros que
estiverem na Avenida Elmo Serejo, sentido Plano Piloto, vão mergulhar
pelo túnel e sair na Estrada Parque Taguatinga (EPTG).
“Do
outro lado, aqueles que chegarem a Taguatinga pela EPTG também passarão
por ele até o início da Via Estádio, saindo logo após o viaduto da
Avenida Samdu. Vias marginais darão acesso às Avenidas Comerciais e
Samdu Sul e Norte”, acrescenta o secretário Carvalho.
Boulevard Taguatinga
Se
por um lado o túnel irá desafogar o trânsito para os mais de 135 mil
veículos que circulam pela região, por outro a atual Avenida Central se
transformará em um boulevard arborizado que oferecerá uma paisagem
inteiramente diferente para a população, com foco nas pessoas e no
comércio da região. Além do paisagismo, as calçadas serão revitalizadas e
os estacionamentos ampliados.
O
fluxo de veículos na avenida concentrará veículos do transporte
público, como o BRT, e de moradores e pessoas interessadas em usufruir
da região central da cidade. A previsão é de que Taguatinga ganhe um
centro ainda mais vibrante e mais moderno, com consequente valorização
imobiliária e comercial.
Planejamento para reduzir transtornos
Uma
obra como esta traz óbvios transtornos, que vão exigir mais cuidado dos
moradores e transeuntes, mas tudo está sendo planejado para que haja
uma redução no incômodo. Nos primeiros meses, técnicos da Secretaria de
Mobilidade, Departamento de Trânsito (Detran) e do Departamento de
Estradas de Rodagem (DER) estarão se reunindo buscando uma fórmula para
que o impacto no trânsito seja o menor possível, já que a região é
movimentada.
Na
visão dos técnicos do GDF e do consórcio contratado, um dos principais
desafios será harmonizar a execução de uma obra de engenharia complexa
em uma região com grande circulação de veículos e pessoas. Durante a
construção do túnel terá que ser interditado um trecho de
aproximadamente 1,3 quilômetros – do viaduto da Elmo Serejo até o
viaduto da EPTG com a EPCT, sentido Ceilândia-Plano Piloto, na Avenida
Central de Taguatinga.
“Já
estamos trabalhando para ajustar os desvios que precisarão ser feitos
no trânsito durante a execução dos serviços. Além dos desvios, pequenas
obras de tráfego serão realizadas, além da instalação de semáforos e
sinalização. Tudo para minimizar os impactos”, pontua o subsecretário de
Acompanhamento e Fiscalização de Obras do GDF, Ricardo Terenzi.
“Por
muito tempo as obras do projeto do Corredor Eixo Oeste ficaram
engavetadas. Esta gestão aceitou os desafios e, agora, vai começar
talvez sua obra mais simbólica”Luciano Carvalho, secretário de Obras
Algumas
alternativas estão sendo estudadas, principalmente porque passam muitos
ônibus pelas vias centrais. Já há algumas alternativas colocadas à
mesa, como o desvio do fluxo de veículos de quem viaja em direção ao
Plano Piloto para a Avenida das Palmeiras, paralela à Avenida Central,
passando pelo Pistão Sul até a alça de acesso à EPTG no viaduto na
entrada de Taguatinga. Desta forma seriam construídos acessos da Elmo
Serejo para Avenida das Palmeiras, e desta para a via EPCT no Pistão
Sul.
“No
sentido Ceilândia/Plano Piloto, inicialmente pretendemos que a Avenida
das Palmeiras tenha sentido único. Desta forma, seriam quatro faixas de
rolamento destinadas ao fluxo de veículos. Para garantir a fluidez, dos
atuais três semáforos da via, apenas um continua em funcionamento”,
detalha Rodrigo Magalhães, engenheiro do Consórcio Novo Túnel.
“No
sentido Plano Piloto/Ceilândia, a princípio, manteremos três das quatro
faixas de rolamento do centro de Taguatinga em funcionamento. Nossa
meta é impactar minimamente o tráfego de veículos e pessoas”,
complementa o engenheiro. Mas a definição das mudanças só será feita
depois de analisadas todas as demais alternativas e da realização de
testes organizados pelo Detran e pelo DER.
Veja a foto da proposta de mudança no trânsito:
Ao
mesmo tempo, o consórcio contratado para a obra – que já tem pronto o
estudo básico do empreendimento – desenvolve o projeto técnico e instala
os canteiros, inclusive um exclusivo para concretagem. Os números que
envolvem a construção do túnel são sempre maiúsculos: 8 mil toneladas de
aço, 90 mil metros cúbicos de concreto, 200 mil metros cúbicos de terra
movimentada.
A
obra deve ser efetivamente iniciada ao término do período de chuvas e
será feita em dois turnos, criando centenas de empregos diretos. “Além
de assegurar as melhores soluções técnicas de engenharia, nossa
prioridade é executar uma obra segura e com impacto mínimo para
população. Estamos cientes que a interdição do trânsito influenciará na
rotina das pessoas, o que é inevitável, mas assim que concluído, os
benefícios serão enormes”, avalia o secretário.
Para
o subsecretário Ricardo Terenzi, a fase de preparativos é essencial
para o perfeito andamento das obras. “Atualmente, os projetos estão
sendo revisados rigorosamente, além de definidas questões ‘pré-obra’,
como localização do canteiro, logística, entre outros. Tudo
exaustivamente discutido e analisado para minimizar o impacto da
construção. Queremos fazer uma obra transparente e sem paralisações”,
destacou.
ALARGAMENTO
DO VIADUTO – Com 11 faixas para a circulação de veículos, sendo cinco
no sentido Plano Piloto e quatro no sentido Taguatinga, além de duas
faixas centrais para ônibus, com largura de quatro metros, o alargamento
do viaduto de interseção da EPCT com a EPTG será concluído ainda neste
mês.
CORREDOR
EIXO OESTE – O Túnel de Taguatinga faz parte do Corredor Eixo-Oeste,
que terá 38,7 quilômetros de extensão e ligará Ceilândia (Sol Nascente)
ao Plano Piloto (Eixo Monumental e Estação Asa Sul), passando por
Taguatinga.
Números
Valor da obra: R$ 275,7 milhões (R$ 275.744.558,87)
Lançamento da obra: 14/1/2019
Previsão de conclusão da obra: 14/6/2021
Extensão do túnel: 1.010 metros, dos quais 180 metros no trecho de emboque e 830 metros cobertos
Volume de concreto que será utilizado: 90.000 metros cúbicos
Quantidade de aço que será utilizado: 8.000.000 quilos
Contenções em parede diafragma: 65.000 metros quadrados
Escavação subterrânea: 160.000 metros cúbicos
Tags
Alimentação Saudável
Alô
Alô Brasília
Alô Brasília - Alo Brasilia - Portal Alô Brasília
Jornalista Ricardo Antunes
Por Ricardo Antunes
Ricardo Antunes Figueiredo
www.alobrasilia.com.br