Contra aglomerações, Governo de Goiás proíbe pesca em todo o Estado
Imagens de aglomerações foram registradas durante o fim de semana em rios como o Araguaia. Portaria assinada pela secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, também visa proteger populações ribeirinhas, tradicionais e indígenas
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), determinou, nesta segunda-feira (18/05), a proibição da pesca, por tempo indeterminado, em todas as bacias hidrográficas do Estado. O objetivo da medida é evitar aglomerações, como as registradas em rios goianos no fim de semana, principalmente no Araguaia.
O governo teme que a grande presença de pessoas de diversas regiões do Estado possa ajudar a propagar o Covid-19 interior adentro. Além disso, a medida visa resguardar as populações ribeirinhas, tradicionais e os indígenas do contato com possíveis infectados.
A portaria 79/2020, assinada pela secretária Andréa Vulcanis, exclui da proibição a pesca realizada em caráter científico, a coletas de peixes para fins de estudos e monitoramento da ictiofauna, previamente autorizados pela Semad, e a pesca de subsistência para populações locais. Estão incluídas na proibição os trechos goianos das bacias dos rios Tocantins, Araguaia e Paranaíba.
Para garantir o cumprimento da determinação, a portaria também proíbe o trânsito de embarcações fluviais, com as finalidades de esporte, lazer e pesca, em todas as bacias hidrográficas do Estado.
Em registro feito em vídeo no final de semana, em São José dos Bandeirantes, no município de Nova Crixás, o narrador contou 58 canoas dispostas lado a lado durante pesca. No local, que atrai grande número de turistas durante a temporada, havia, segundo ele, um cardume de piau.
“Muita gente buscou refúgios nas cidades banhadas pelos rios, mas se todos tiverem a mesma ideia já acontece uma aglomeração”, afirma a secretária Andréa Vulcanis.
“Estudos centrados em outros tipos de coronavírus, semelhantes à Covid-19, nos mostram que os vírus continuam sendo infecciosos em ambientes naturais de água doce podendo, inclusive, propagar-se com maior facilidade onde está estancada”, conclui a secretária.
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Da redação do portal Alô Brasília
Jornalista Ricardo Antunes
Por Ricardo Antunes
Ricardo Antunes Figueiredo