Acordo entre Fiocruz e Astrazeneca pode imunizar metade da população brasileira
Com a parceria anunciada neste sábado (27) entre a Fiocruz e a Astrazeneca, o Brasil deu um passo importante para imunizar metade da sua população contra a Covid-19 até meados do ano que vem.
Isso, claro, se a vacina desenvolvida pela farmacêutica britânica e pela universidade de Oxford for bem sucedida. A fase 3 dos testes, quando os cientistas determinam se a vacina é realmente segura e eficaz, vai ser realizada no Brasil a partir do mês que vem.
Conforme o acordo anunciado pelo governo federal, o país terá acesso a 30 milhões de doses até janeiro de 2021, o suficiente para imunizar 15% dos brasileiros. É provável que sejam escolhidos profissionais de saúde e pessoas que fazem parte do grupo de risco.
As outras 70 milhões de doses seriam disponibilizadas quando o estudo estiver totalmente concluído em meados do ano que vem. Com esse lote adicional, chegaríamos a 49% de brasileiros protegidos contra o novo coronavírus.
Segundo os infectologistas, para garantir a chamada imunidade de rebanho, é preciso que 70% da população tenha sido infectada ou vacinada. Hoje estima-se que 10% dos brasileiros já contraíram o vírus.
Se esse percentual atingir 20% nos próximos 12 meses, chegaríamos a imunidade de rebanho graças ao acordo anunciado neste sábado e a vida das pessoas retornaria ao normal.
São notícias promissoras, mas ainda estamos longe disso. Os testes adicionais precisam comprovar a eficácia da vacina, que é a mais promissora entre todas as que estão sendo desenvolvidas globalmente. Não é incomum, contudo, que testes nessa fase fracassem.
Em seguida, o Brasil precisa efetivamente garantir essas 100 milhões de doses num prazo razoável, já que a corrida global pela vacina será feroz. De toda forma, a parceria entre a Fiocruz e a Astrazeneca é bastante promissora.