CR$ 96 milhões é o prejuízo da CEB por ano em razão das fraudes
A companhia tem cerca de 22 equipes nas ruas para identificar os chamados “gatos”
A Companhia Energética de Brasília tem reforçado o combate às ligações clandestinas espalhadas por todo o Distrito Federal. Além do prejuízo financeiro, que ultrapassa R$ 96 milhões por ano, essas ligações são perigosas e podem levar à morte. Logo, coibir esse tipo de ação virou uma das prioridades dentro da companhia.
Há muitas ligações espalhadas por todo o DF. O último levantamento da CEB, feito no segundo semestre de 2019, aponta para há 62 mil.
Popularmente conhecido como “gato”, o furto de energia é identificado em dezenas de regiões administrativas, mas têm maior ocorrência nas cidades de São Sebastião, Taguatinga, Guará, Lago Sul, Gama, Brazlândia e Planaltina, muito em parte por conta do crescimento desordenado e o surgimento de condomínios irregulares.
Para acabar com esse problema, a CEB assinou contrato de fiscalização com empresas terceirizadas e passou a atuar em campo, fazendo o levantamento de ligações clandestinas e fraudes em medidores de energia. Ao todo, 22 equipes fazem esse trabalho desde o segundo semestre de 2020.
“Temos esse prejuízo de R$ 96 milhões, mas se considerarmos o que deixamos de arrecadar e o prejuízo causado pela sobrecarga na rede, temos mais R$ 50 milhões gastos com manutenção por ano”, explica Gustavo Alvares, diretor de Atendimento ao Cliente e Tecnologia da Informação da CEB.
A companhia também utiliza a tecnologia para identificar alterações no consumo das residências. Quando observam uma queda brusca no consumo, eles checam se houve algum problema, o que facilita a resolução.
Além da tecnologia, a CEB recebe denúncias pela Ouvidoria do GDF como forma de combater as ligações irregulares. Este trabalho de fiscalização é complementado por um acordo feito com a Polícia Civil.
Outra medida é a troca de medidores que estão marcando zero, seja por fraude ou problema no aparelho. A empresa de energia já efetuou a troca de 40 mil unidades neste ano e deve chegar a 60 mil até dezembro, o que pode representar uma recuperação de R$ 7 milhões no faturamento.