Governo pede mais 30 dias para decidir se participa de consórcio de vacinas
Pela terceira vez o Brasil pediu mais tempo para avaliar se entrará ou não do Covax, que é o consórcio criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir o acesso a vacinas contra a Covid-19 seguras e eficientes.
A principal dificuldade enfrentada pelo governo é que, para participar, o Brasil terá que fazer um aporte no valor de R$ 5 bilhões, e a legislação brasileira não permite que o governo aplique dinheiro em um produto que ainda não existe.
Em nota divulgada nesta quinta-feira, o governo afirmou que ainda “estuda criteriosamente a participação” brasileira na iniciativa. Segundo a Organização, 172 países demonstraram interesse em ingressar na Covax. O prazo para o aceite dos termos começou em 31 de agosto e deveria ser encerrar em 18 de setembro.
Em agosto, na cerimônia inaugural do programa, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, indicou que o Brasil estará "ao lado" do grupo, sem se comprometer com a participação. Pazuello completou dizendo que “se optarmos pela adesão, o Brasil pode ser o maior contribuinte”.
O Covax Facility, plano de facilitação para a produção e desenvolvimento da vacina contra a Covid-19, foi anunciado em junho deste ano e pretende ajudar a comprar e distribuir vacinas quando os imunizantes estiverem disponíveis.
A expectativa do Covax é adquirir e entregar 2 bilhões de doses de vacinas aprovadas até o final de 2021, alcançando 20% da população de cada país investidor.
A iniciativa tem nove vacinas candidatas em seu portfólio: Inovio, Moderna, CureVac, Pasteur, AstraZeneca, University of Hong Kong, Novavax, Clover e University of Queensland.