A adaptação para a realidade de combate ao novo
Coronavirus (COVID-19) tem levado muitos síndicos e administradores de
condomínios a esquentarem os neurônios na tentativa de driblar o custo das
mudanças.
Repositórios de álcool em gel cheios, demarcações
em elevadores, controle de entrada de pessoas e limpeza redobrada. As mudanças
necessárias para evitar a disseminação em prédios e condomínios acrescentaram
novas despesas. A ordem é economizar ao máximo para tentar driblar a crise.
A Portech, empresa de portaria remota, usa
tecnologia para ajudar os seus clientes a terem mais segurança e também
economizar em tempos de pandemia. “Nosso sistema pode ajudar controlar a
entrada de pessoas no condomínio, podemos acionar moradores por interfone, tudo
isso sem o contato físico e sem expor funcionários aos riscos de contaminação”,
explica o engenheiro de controle e automação, Daniel Boaventura.
Daniel também afirma que naturalmente o uso da
tecnologia poupa recursos, garante praticidade, sem abrir mão da segurança,
ainda mais em tempos de pandemia. “Remotamente, conseguimos ver pelas câmeras
uma luz acessa no corredor sem necessidade. Hoje temos tecnologia capaz de fazer
o reconhecimento facial e impedir a entrada de pessoas que não estejam usando
máscaras, além de câmeras termográficas, capaz de medir a temperatura de quem
chega na portaria”, concluiu.
Alacides Borges, síndico há mais de 5 anos em um
condomínio em Águas Claras, destaca que a sua gestão foi desafiadora durante a
pandemia, em que precisou tomar algumas providências para contribuir para a
redução dos custos. “Tivemos que tomar várias medidas e isso tudo foi
necessário, pois com a pandemia, foi preciso fazer aquisição de vários
dispenser de álcool em gel, instalados próximos aos elevadores. Fizemos algumas
campanhas internas com uso de placas e afixação de novas regras de utilização
dos espaços. Além disso, fizemos a desinfecção das áreas comuns com produtos
hospitalares para o combate ao coronavirus para prevenção”, destaca.
Para o síndico, os meses mais difíceis foram abril
e maio para que as contas não fechassem no vermelho. Borges diz que com a
pandemia não foi possível fazer a assembleia anual com a votação de uma
previsão orçamentária, já que os custos haviam aumentado. Ele relembra que uma
medida essencial foi desligar os aquecedores das piscinas, gerando uma economia
de energia elétrica, e também a renegociação de contratos com prestadores de
serviços. “O fato de termos uma portaria remota nos possibilitou não termos um
aumento do custo com terceirizados. Isso fez com que conseguíssemos equilibrar
as contas até outubro de 2020”, defende.
Segundo a Associação Brasileira de Sistemas
Eletrônicos de Segurança (Abese), em 2019, o Brasil possuía 300 mil condomínios
em funcionamento, porém, apenas 20 mil eram atendidos de forma remota.
Entretanto, com a possibilidade de reduzir entre 50 e 70% dos gastos em um
condomínio convencional, as estimativas para uma rápida expansão são
animadoras.
Serviço:
Custos da pandemia estão ficando mais caros para as finanças dos condomínios,
alternativas inteligentes driblam a recessão