Economia deve melhorar no segundo semestre, diz especialista



Por conta da pandemia, a economia do Brasil se desestabilizou e, em 2020, teve uma queda significativa de 4,1%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)



Segundo a instituição, esse foi o pior resultado do PIB (Produto Interno Bruto) de um ano completo desde 1996, quando o Instituto começou as medições no país. Já em 2021, mesmo com a pandemia ainda não controlada no país, as expectativas para a economia brasileira são mais otimistas.

Para o economista e professor do ISAE - Escola de Negócios e Fundação Getúlio Vargas, Robson Gonçalves, o país está em um pêndulo entre a retomada e novas restrições às atividades econômicas, mas aponta uma pequena melhora para o segundo semestre. ''Tudo depende do ritmo da vacinação. Mas ao que tudo indica, teremos um segundo semestre melhor, mesmo com o ciclo de alta de juros em andamento'', diz o especialista.

Para ele, economia e saúde não são mais opostos e precisam trabalhar juntos para uma retomada mais acelerada. ''Uma depende da outra e as duas dependem da vacinação em massa'', complementa.

Para o economista, a tendência é surgir mais empregos nos próximos meses. ''Os índices de confiança dos empresários da indústria melhoraram desde o ano passado, sugerindo mais produção e emprego. Além disso, as exportações do agronegócio também vão bem'', afirma. ''Os dois setores são grandes alavancadores da atividade econômica'', destaca Gonçalves.

Outro ponto destacado pelo especialista para a melhoria da economia a partir de julho de 2021 é a aprovação de reformas importantes no Congresso Nacional. ''O clima de polarização tem dominado a política brasileira desde 2018, mas o ideal é que ela não impeça o avanço de reformas importantes no Congresso, sobretudo no sentido de reduzir o engessamento dos gastos com pessoal do setor público'', diz o economista.

Juros
A Selic, taxa básica de juros, também traz novidades para o setor econômico. De acordo com a projeção de especialistas, 2021 pode fechar com 5,50%. Já 2022, pode ter um aumento na porcentagem de 6,13 para 6,25%. "A meta é manter o número até, pelo menos, 30 de abril do próximo ano, quando o calendário anual do Banco Central é renovado", completa Gonçalves.

 Fonte: BR Press.
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