Copiloto de Marília Mendonça morava em Brasília. Familiares lamentam a morte
Tarciso Pessoa Viana, morador de Samambaia, deixou dois filhos, de 5 e 21 anos, além da esposa grávida de 7 meses
(crédito: Arquivo Pessoal)
Tarciso Pessoa Viana, 37 anos, copiloto do avião que caiu na tarde desta sexta-feira (5/11) que levava a cantora Marília Mendonça para um show na cidade de Caratinga, município de Minas Gerais, era morador do Distrito Federal. Viana morava em Samambaia e deixou dois filhos, de 5 e 21 anos, além da esposa grávida de 7 meses.
Além de Tarciso e Marília, o avião transportava mais três pessoas, que também faleceram no local: o assessor e tio da cantora, Abicieli Silveira, o produtor Henrique Ribeiro, e o piloto Geraldo Medeiros Júnior, que também morava na capital.
Um homem de sorriso largo, Tarciso recebeu homenagens da irmã e dos sobrinhos nas redes sociais. “Deus nos deu, Deus levou. Bendito seja o nome do Senhor. Até a eternidade meu mano véi como te chamava carinhosamente. Quem te conheceu sabe que vc era imagem e semelhança de Deus e tá na glória com ele desfrutando do que ele acredita, do que ele plantava aqui a todos, Deus nosso criador nos promete a vida eterna cremos nisso como cristão”, escreveu a irmã Nágila do Vale nas redes sociais.
Ainda segundo Nágila, a empresa deu a notícia à família elogiando o trabalho de Viana que era um dos condutores do avião. “Nagila seu irmão foi um herói ele deu a vida tentou de tudo a prova tá aí a aeronave não se estraçalhou orgulho do meu herói”. A aeronave caiu em cima de uma cachoeira a 500 metros do aeroporto do município onde ocorreu a tragédia.
Homem dedicado
O sobrinho Rudson Carlos Viana da Silva, de 24 anos, contou ao Correio que o tio era uma pessoa dedicada à família e ao trabalho. “Ele já tinha um bom tempo de voo, se não me engano 12 anos de profissão. Sempre foi bem dedicado tanto no trabalho como com a família. Sempre foi muito presente”, diz.
Casado há dez anos com Marta, Tarciso deixa os filhos Pedro, 21, Nicole, 5, e Clara - que ainda não nasceu. “Meu tio foi um exemplo de homem, pai e trabalhador. O filho dele planeja seguir a mesma carreira, já está tirando a brevê (Carteira de Piloto Privado – CHT), e esse ano vai começar a dar aula de voo”, comenta.
Evangélico, Tarciso era coordenador do grupo de casais em uma igreja na quadra 405 de Samambaia Norte. De acordo com Rudson, o tio sempre priorizou os momentos em família, e tentou mostrar, ao longo da vida, a importância dos laços sanguíneos. Para o sobrinho, esse é o legado que deixa. “Minha família é pequena, mas sempre fomos muito unidos. Meus avós são cearenses, fizeram a vida em Brasília e, aqui, tiveram três filhos. Nossa família é pequena, mas se ama muito. E estamos nos apoiando um no outro para passar por esse momento difícil”, diz.
Rudson fez, ainda, um agradecimento especial à empresa PEC Táxi Aéreo, empresa que o tio exercia a profissão. “Desde o ocorrido do acidente, eles fizeram contato conosco, ligaram, e nos mantiveram atualizados com as informações. Além disso, por volta de 4h da manhã, vieram pessoalmente na nossa casa para prestar condolências, e disponibilizaram um avião para o caso de queremos ir até Minas. Os gestores se importaram conosco e, por isso, somos muito gratos”, reitera.
Até o fechamento desta matéria, o corpo do piloto e do copiloto ainda aguardavam ser trasladados de Minas Gerais para o Distrito Federal.
Homenagens
A sobrinha Ana Júlia, também fez questão de homenagear o tio. “Você partiu e foi morar no céu, bem pertinho de Deus, mas estará para sempre em nossos corações. Olha por nós ai de cima. Sei que agora está descansando, nosso piloto. Tio Tarciso nunca será esquecido”, escreveu.
Nota da empresa
Em nota, a empresa PEC Táxi Aéreo lamentou o acontecido. “A PEC Táxi Aéreo lamenta profundamente o acidente trágico ocorrido na tarde desta sexta-feira (5/11) com sua aeronave, o qual ocorreu nas proximidades do aeroporto de Caratinga-MG. A empresa, assim que tomou conhecimento do ocorrido, acionou as autoridades competentes para imediata promoção do resgate necessário”.
De acordo com a empresa, o avião envolvido no acidente era devidamente homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para transporte aéreo de passageiros e estava plenamente navegável. “A tripulação engajada na operação tinha grande experiência de voo e também estava devidamente habilitada pela Anac, com todos os treinamentos atualizados; as condições meteorológicas eram favoráveis”, ressaltou.
As causas do evento ainda são incertas e, segundo a PEC Táxi Aéreo, serão devidamente apuradas pelas autoridades aeronáuticas. “A PEC se coloca à disposição das autoridades e prestará os devidos auxílios aos familiares das vítimas”, esclareceu.
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE | EDIÇÃO: REDAÇÃO GRUPO M4
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