Da venda ao delivery: tecnologia transforma distribuição de bebidas durante pandemia

 

Investimento no setor de delivery foi aposta da indústria de bebidas Zanlorenzi durante a pandemia
Créditos: Twenty20/Envato

Compras por delivery aumentaram 20% no início de 2022; expectativa é que categoria de alimentos e bebidas movimente mais de R$ 48 bilhões nesse formato até 2023

Mesmo com as atividades econômicas caminhando para um cenário pós-pandêmico, o e-commerce caiu no gosto dos consumidores. Segundo dados da Statista, empresa especializada em dados de mercado e consumidores, o Brasil é responsável por quase metade do faturamento do delivery na América Latina. No país, as vendas nessa modalidade registraram aumento de 20,56% em janeiro de 2022, em comparação ao mesmo período do ano passado. O levantamento foi realizado pelo MCC-ENET, parceria entre o Compre & Confie e a Câmara Brasileira de Economia Digital.

Durante a pandemia, as plataformas digitais viralizaram, seguraram as operações de diversos estabelecimentos e se tornaram até modelo de negócio para indústrias. Com a experiência que ganharam no período de medidas restritivas, empresas têm optado por criar o seu próprio sistema de entregas, tanto para o produto chegar aos postos de venda quanto direto ao consumidor. Foi o que fez a Zanlorenzi, uma das mais importantes indústrias de bebidas do Brasil e que aposta em plataformas digitais para divulgar seus produtos. Referência no setor de vinhos com a Vinícola Campo Largo, que deu origem à marca, a empresa da Região Metropolitana de Curitiba (PR) viu o delivery como saída para driblar as dificuldades da pandemia.

Afetadas pelas medidas de restrição, a busca das empresas por novas tecnologias se tornou uma necessidade. De acordo com Marcellus Mendes Schmitz, gerente de Tecnologia da Informação da Zanlorenzi, o investimento em inovação não permite apenas o desenvolvimento dos processos, mas também garante um diferencial competitivo em relação à concorrência. "A pandemia potencializou grandemente nossa evolução tecnológica. Embora tenha sido por necessidade de adequação, nos trouxe um legado para o novo normal", destaca Marcellus.

Ruptura para a eficiência operacional

Da indústria ao varejo, a tecnologia muda a maneira de se fazer negócios e exige um nível muito maior de integração e de especialização para que as empresas enfrentem um mercado cada vez mais globalizado. Segundo Márcio Viana, CEO da TOTVS Curitiba, responsável pelas ferramentas implantadas nessa área pela Zanlorenzi, as empresas precisam ter um alto nível de eficiência operacional, efetividade no controle de custos, assertividade na gestão de margens e agilidade para atender rapidamente às demandas de clientes na indústria e no comércio.

"Um dos grandes problemas do varejo é a ruptura. Com um software que oferece às empresas informações sobre o momento certo para comprar, produzir e distribuir, é possível dar suporte e certeza para continuar crescendo e agindo de forma eficaz na ponta. No caso da Vinícola Campo Largo, toda produção e gestão estão calcadas em cima de uma ferramenta de gestão integrada presente em cada etapa do negócio", explica Márcio Viana.

Delivery é o futuro

delivery virou tendência de mercado e deve se expandir ainda mais nos próximos anos. As mudanças de hábito e cultura impostas pelo coronavírus geraram impacto positivo nas vendas on-line de bebidas e alimentos. E o faturamento dessas categorias quase triplicou, atingindo R$ 2,86 bilhões em 2021, contra R$ 1,09 bilhão em 2019. Em relação à taxa de crescimento, mais um dado chama a atenção: as vendas do setor aumentaram 241% entre o segundo trimestre de 2019 e 2020. Para 2022, a expectativa é de crescimento de 18% no faturamento, segundo dados da Neotrust, empresa que faz monitoramento do e-commerce brasileiro. 

O que era apenas uma medida de emergência se tornou parte do dia a dia do consumidor, que não abre mão mais da conveniência de ter um pedido entregue em casa. "O atendimento delivery é uma tendência que não vai parar de crescer no país tão cedo, e quem ainda está fora, certamente já sofre para manter o seu negócio. Com o avanço da tecnologia, em todos os segmentos está sendo muito fomentada a vertente de se deixar de ser operacional e se tornar estratégico", afirma o gerente de TI da Zanlorenzi.

A demanda por itens de alimentos e bebidas cresceu muito desde o início da pandemia. Por isso, a previsão é que a categoria movimente R$ 48,65 bilhões no e-commerce brasileiro até 2023, de acordo com pesquisa do Brasil Supermercados On-line. E a procura por compras on-line em supermercados também está batendo recordes. Só em novembro de 2020, o Super Mercado Livre recebeu mais de 15 milhões de acessos, segundo o estudo Tendências do E-commerce 2021, do Mercado Livre.

Tendo em mente as transformações digitais que geram resultados práticos, a TOTVS, maior empresa de tecnologia do Brasil, realiza uma série de ações e desenvolve novas ferramentas para auxiliar na sustentação e retomada de negócios. "Estamos cientes das mudanças exigidas pela crise econômica causada pela pandemia. Por isso, direcionamos o foco para a criação e reformulação de soluções essenciais nesse momento, como a integração entre apps de delivery", conta Márcio Viana, CEO da TOTVS Curitiba.

O isolamento social transformou a tendência de crescimento do delivery em necessidade e numa alternativa para evitar o fechamento permanente de portas. As novas demandas de mercado exigem inovação e, para sobreviver no novo cenário, se tornam essenciais investimentos na venda por redes sociais, aplicativos e e-commerces, com entregas feitas por delivery

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