Apesar dos reajustes, Goiânia segue com uma das capitais com preço médio mais baixo de aluguel do País, segundo a pesquisa FipeZap
Enquanto a pandemia gerou crise em vários setores da economia, o mercado imobiliário, principalmente em Goiânia, foi marcado pelo crescimento. Quem comprou imóveis para investir em aluguéis na capital goiana comemora a alta na rentabilidade. Segundo dados da URBS, a maior gestora de locação de Goiás, a taxa de retorno de aluguéis residenciais saltaram, nos últimos três anos, de 0,5% para 0,7%, em média, quase 50%. A rentabilidade pode chegar a 1% se a unidade estiver decorada, nos últimos três anos.
Além disso, houve um aumento real no preço médio do metro quadrado para a locação. Na última pesquisa sobre locação residencial divulgada pela FipeZap, apontando o preço médio de 25 cidades brasileiras, o valor aumentou para R$ 24,26 de janeiro a junho deste ano, em Goiânia. O crescimento foi de 23,60%, o segundo maior do período.
A pesquisa aponta ainda que, em bairros como o Marista e o Jardim Goiás, o preço do metro quadrado da locação é superior a R$ 40. A alta foi superior à inflação de 4,39% medida no período pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE).
“Em Goiânia, tivemos um aumento grande do aluguel, o que na verdade foi uma equalização do preço. De forma geral, o valor era muito baixo mesmo, se comparado com cidades próximas ou parecidas”, explica o diretor de operações da URBS e especialista em mercado imobiliário, Marcell Castro. Tanto é que a pesquisa Fipezap aponta que a capital é uma das lanterninhas no ranking dos preços de locação - a 20ª entre as 25 pesquisadas.
Os números apontam para o fortalecimento do imóvel enquanto investimento. Em Goiânia, ele lembra que o cenário é de crescimento populacional acima da média nacional, além da demanda vegetativa por novas moradias. Além disso, os imóveis continuam sendo investimentos seguros.
“Além da rentabilidade, o imóvel é um tipo de segmento que não é atingido pela volatilidade como acontece no mercado financeiro. Com o sobe e desce da economia, papéis de empresas vendidos na bolsa, títulos de renda fixa e até os títulos públicos sofrem alterações nos seus valores e rentabilidades, algo que incomoda quem é mais conservador e deseja aplicar seu dinheiro sem tanto risco”, conclui Castro.
Imóveis comerciais
Os imóveis comerciais também tiveram uma reação em Goiânia, aponta o gestor da Urbs. Segundo o estudo da empresa, o valor do metro quadrado da locação dobrou de R$ 30 para R$ 60 no mesmo período. “Nas salas comerciais em prédios, chegamos a ter uma vacância muito grande, há pouco tempo. Mas hoje o valor subiu, o que nos indica um aquecimento desse investimento”, explica o diretor de operações da URBS e especialista em mercado imobiliário, Marcell Castro
