Determinação do ministro Alexandre de Moraes é motivada pelo descumprimento de medidas judiciais anteriores ao perdão presidencial, como o uso da tornozeleira eletrônica
O ex-deputado federal Daniel Silveira (PL-RJ) foi preso na manhã desta quinta-feira, 2, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. Um dia após perder o foro privilegiado, ao ficar sem mandato de parlamentar. O mandado de prisão, expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, foi efetuado pela Polícia Federal junto de um outro de busca e apreensão na residência de Silveira, para tentar encontrar “armas, munições, computadores, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos”. O ministro ainda determinou a suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo e o cancelamento de passaportes de Silveira.
O pedido de reestabelecimento de prisão de Silveira foi motivado, segundo Moraes, pelo descumprimento de medidas judiciais impostas anteriormente, como o uso de tornozeleira eletrônica. A reportagem tentou contato com a advogada de defesa do ex-deputado, Mariane Andréia Cardoso dos Santos, mas, até o momento da publicação do texto, não houve retorno.
A primeira determinação de prisão contra Silveira foi expedida por Moraes em 2021, tendo recebido autorização da Câmara dos Deputados na época. A motivação foram ataques do então deputado contra as instituições democráticas e aos ministros da Suprema Corte. No período, Bolsonaro concedeu uma graça a Silveira, libertando o então parlamentar. Silveira foi candidato ao Senado Federal em 2022 e recebeu 1,5 milhão de votos, mas não conseguiu se eleger, ficando sem nenhum cargo público eletivo.