Oftalmologista alerta sobre o diagnóstico precoce
O Dia Nacional do Diabetes, em 26 de junho, é uma data dedicada à conscientização e à educação sobre essa doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o país. Entre as complicações mais preocupantes em relação à doença, é a retinopatia diabética, que é silenciosa e pode levar à cegueira. Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a condição é a principal causa da perda de visão entre pessoas de 20 a 64 anos.
O oftalmologista Breno Marques, do Hospital de Olhos de Cuiabá, explica que a retinopatia diabética ocorre quando os altos níveis de glicose no sangue danificam os vasos sanguíneos da retina, a parte do olho responsável pela captação de imagens. “Essa condição é uma das principais causas de cegueira em adultos em idade produtiva, e a sua prevalência está em ascensão. Estudos recentes indicam que cerca de 30% dos pacientes diabéticos desenvolvem algum grau de retinopatia diabética ao longo de sua vida”, alerta o especialista.
O médico ainda ressalta que o controle adequado da glicemia é fundamental para prevenir ou retardar a progressão da retinopatia diabética. “Manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa recomendada pelos profissionais de saúde é uma das principais medidas para reduzir o risco de desenvolver complicações oculares. Além disso, é essencial controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol, pois esses fatores também desempenham um papel importante na saúde ocular”, afirma o Dr Breno.
O oftalmologista enfatiza a importância da detecção precoce da retinopatia diabética: "Muitos pacientes não apresentam sintomas visuais nos estágios iniciais da doença, o que a torna ainda mais perigosa. É fundamental que os pacientes diabéticos realizem exames oftalmológicos regulares, pelo menos uma vez ao ano, para avaliar a saúde de suas retinas."
Tratamentos eficazes estão disponíveis para retardar a progressão da retinopatia diabética e preservar a visão. "Dependendo do estágio da doença, podemos utilizar técnicas como a fotocoagulação a laser, que direciona feixes de luz para selar os vasos sanguíneos vazados, ou a terapia antiangiogênica, que inibe o crescimento anormal de novos vasos sanguíneos", explica o especialista do Hospital de Olhos de Cuiabá.
Diante do aumento alarmante da prevalência da retinopatia diabética, o oftalmologista reforça a necessidade de educação e conscientização. "Precisamos informar os pacientes sobre os riscos da retinopatia diabética e incentivá-los a buscar cuidados oftalmológicos regulares.”
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