Novos lançamentos equilibram os preços dos imóveis, uma vez que a demanda por moradias é grande diante da população crescente, explica o especialista
No Dia Mundial da População, comemorado nesta terça-feira (11), a capital goiana, e sua região metropolitana, formada por 19 municípios, têm o que comemorar. Já que, segundo o Censo de 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que esta foi a região que mais cresceu no País nos últimos 12 anos.
Só Goiânia e Aparecida de Goiânia chegaram a mais de 1,9 milhões de habitantes e este crescimento impacta diretamente no mercado imobiliário. Com um crescimento de moradores acima da média nacional no período (6,5%), Goiânia teve crescimento de 10,40% em sua população no período, e Aparecida, 15,77%. As duas maiores cidades de Goiás também viram o número de prédios residenciais e comerciais dar um salto. Já na região metropolitana, loteamentos foram fundamentais para abrigar a população que lá chegou.
Segundo Ricardo Teixeira, diretor da URBS Imobiliária, o cenário em torno de Goiânia ocorre em função da capital ser jovem e de inúmeras oportunidades. O agronegócio e o turismo hospitalar, que tem feito moradores e empresários migrarem para a Goiânia, faz com que a cidade continue se estruturando. Já Aparecida de Goiânia ganhou protagonismo econômico com os polos industriais, o crescimento das operações logísticas e, em breve, ganhará um polo aeronáutico.
Mercado imobiliário
Para atender a demanda populacional, Ricardo Teixeira explica que o mercado imobiliário lança unidades apartamentos, casas, lotes para todos os padrões de renda. Apenas em 2022 foram 11.474 novos apartamentos só em Goiânia e Aparecida de Goiânia, segundo pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). O número é 7,5% maior do que o registrado em 2021. Nos últimos cinco anos, foram mais de 43 mil apartamentos, segundo dados da entidade.
“O estoque de Goiânia é de aproximadamente um ano de venda, o que faz do mercado uma praça muito saudável. Se não lançarmos nenhum empreendimento em um ano não teríamos mais imóveis e a consequência seria um aumento do m² pela escassez de produtos”, explicou o diretor da URBS, Ricardo Teixeira.
Ricardo diz que a tendência do mercado neste ano e em 2024 é dar sequência à verticalização de setores já consolidados e de outras regiões, como no Setor Pedro Ludovico, Jardim América, Setor Bela Vista e Setor Sudoeste. As áreas nobres, inclusive, também terão desenvolvimento imobiliário com projetos inovadores, que terão auxílio de marcas consolidadas que devem agregar conceito aos produtos, de acordo com o especialista.
Minha Casa Minha Vida
Em relação ao programa Minha Casa Minha, que passará a financiar imóveis de até 350 mil, Ricardo explica que o impacto será maior na Região Metropolitana da capital. O valor supre os aumentos do custo da construção civil e torna os empreendimentos viáveis para os incorporadores.
“O mercado econômico, com a mudança do programa Minha Casa Minha Vida, deve retornar muito forte no final de 2023 e 2024. Este mercado está desassistido, muita demanda e pouca oferta, estoque baixo. Este mercado ficou sem lançamentos nos últimos anos em função da falta de incentivo e dificuldade em obter crédito. É um mercado que depende do crescimento do estado e da melhora de renda da população, mas as projeções são bem otimistas para este segmento”, concluiu.
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