STF: DPU, Ciamp-Rua, MNPR e CNDH vão cumprir papel central na implantação da Política Nacional para Pop Rua

Ministro deu prazo de 120 dias para que governo federal coloque em prática plano de ação no país


O ministro Alexandre de Moraes determinou, nesta terça-feira (25), que o governo federal efetive, em até 120 dias, um plano nacional destinado à população em situação de rua. A Defensoria Pública da União (DPU), o Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua (Ciamp-Rua), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, o Movimento Nacional de População de Rua (MNPR) e o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) foram citados como elementos centrais para a efetividade da implementação da Política Nacional para População em Situação de Rua.

“A necessidade de construir uma solução consensual e coletiva torna necessário que a União formule o plano de ação e monitoramento para a efetiva implementação da Política Nacional para a População em Situação de Rua, com a participação, dentre outros órgãos, do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua (Ciamp-Rua), do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), da Defensoria Pública da União (DPU) e do Movimento Nacional da População em Situação de Rua”, afirmou Moraes.

Motivada por uma ação protocolada no STF pelo PSOL, Rede Sustentabilidade e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a decisão é liminar e deverá passar por análise do plenário da Corte.

Presença do Judiciário

Os autores da ação argumentaram a omissão do Executivo e Legislativo ao longo do tempo na implementação das políticas previstas em um decreto presidencial de 2009, que abordam a assistência e a proteção das pessoas em situação de rua.

Diante desse cenário, o ministro Moraes reconheceu a importância da intervenção do Judiciário para promover esforços na reimaginação de uma estrutura de enfrentamento capaz de solucionar as mazelas enfrentadas pela população em situação de rua. A DPU, nesse contexto, desempenha um papel essencial ao participar ativamente da construção do plano, assegurando que as demandas e necessidades específicas dessas pessoas sejam devidamente consideradas.

Luta antiga

A DPU, por meio do Grupo de Trabalho (GT Rua), trabalha na promoção dos direitos humanos da população e na construção de políticas públicas em favor da população em situação de rua. O GT é vinculado à Secretaria-Geral de Articulação Institucional (SGAI), órgão da DPU responsável por planejar, promover e coordenar ações voltadas à educação em direito e à ampliação do acesso à justiça. “Atuamos na construção de políticas públicas junto à sociedade civil organizada e a formuladores de políticas públicas, a exemplo do Congresso Nacional e do Poder Executivo”, explica a defensora pública federal Charlene Borges, secretária-geral de articulação institucional da Defensoria Pública da União (DPU).

A DPU vem também promovendo diálogos e reuniões com o Movimento Nacional da População em Situação de Rua. Esses encontros visam fomentar a inclusão social e buscar soluções coletivas para os desafios enfrentados por essa parcela vulnerável da sociedade. Em paralelo, a DPU também oferece atendimentos especiais, com assistência jurídica gratuita, para garantir que as demandas e necessidades específicas dessa população sejam atendidas de forma efetiva.

Em julho de 2023, a Defensoria encaminhou ofício ao governo federal, recomendando a implantação do projeto Moradia Primeiro, política pública para pessoas em situação de rua, que propõe acesso imediato à moradia segura. Ainda nesse ano, a instituição também lançou o Guia de Atuação no Atendimento à Pessoa em Situação de Rua. O documento tem como objetivo contribuir para a necessária ampliação do modelo tradicional de prestação de assistência jurídica.
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