Caso de estupro em BH reacende a discussão da violência praticada por motoristas de aplicativo

Jovem foi deixada desacordada na calçada em frente de casa; Homem que passava pela rua, levou-a para um campo de futebol e é suspeito do crime de estupro de vulnerável


A Polícia Civil de Minas Gerais está investigando uma sequência de absurdos que aconteceram no último fim de semana em Belo Horizonte. Uma jovem de 22 anos foi colocada por amigos em um carro de transporte por aplicativo, mas quando chegou em casa, como estava desacordada e ninguém atendeu ao interfone, foi deixada na calçada pelo motorista. Minutos depois, um homem que passava pela rua foi flagrado por câmeras de segurança carregando a jovem nos ombros e agora, ele é suspeito de ter praticado estupro de vulnerável.

Gabryella Correa é CEO da startup Lady Driver, que oferece o mesmo serviço de transporte por aplicativo, mas só para mulheres, motoristas e passageiras, e comenta o caso: “É muito triste ver a conduta desse motorista e onde isso terminou, por isso que na Lady, nosso foco principal é a segurança, todas as corridas são monitoradas, têm seguro, as motoristas passam por treinamentos constantes e jamais fariam uma coisa dessas”, afirma.

Além disso, a empresa também trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por advogada, psicóloga e assistente social para lidar com casos excepcionais, então em qualquer eventualidade, a passageira já pode contar com esse apoio.

A Lady Driver surgiu em 2017 justamente após um caso de assédio sofrido nesse tipo de transporte pela própria Gabryella quando se dirigia a um bar. Claro que nem se compara com o caso em discussão, mas após a empreendedora constatar que essa era uma dor comum entre as mulheres, transformou o trauma em muito mais que um negócio de sucesso, mas em uma verdadeira prestação de serviços que preserva vidas, já que é comprovado o quanto as mulheres são mais prudentes e cuidadosas ao volante e também com o próximo.

“A Lady Driver é muito mais que um transporte de pessoas do ponto A para o B, é um serviço que preza pela segurança em primeiro lugar e essa é uma preocupação tão grande, que diante da demanda, hoje também trabalhamos com idosos e crianças acima de 8 anos”, diz.

Segundo Gabryella, se a motorista do carro fosse uma lady (como são chamadas as motoristas da empresa), isso jamais teria acontecido. “Primeiro porque é muito óbvio que uma pessoa desacordada não poderia ter sido deixada na calçada como se fosse um objeto sem valor, ela deveria ter sido encaminhada para um hospital, e se tivesse correndo risco de vida por ingerir substâncias desconhecidas? Depois, nós trabalhamos bastante com esse público, passageiras que estão vindo da balada, da casa do namorado, da faculdade, elas sentem medo de pegar carro com homens, nós estamos acostumadas a isso e tenho certeza que esse caso não terminaria assim”, finaliza.

Lady Driver - App de transporte particular urbano que conecta mulheres, motoristas e passageiras

Sobre a empresa:

A Lady Driver está no mercado desde 2017 e surgiu pela necessidade de aumentar a segurança nesse tipo de transporte após um caso real de assédio.

Hoje, a empresa está em mais de 50 cidades brasileiras, tem 97 mil motoristas mulheres cadastradas, sendo 52 mil só na cidade de São Paulo.

Além do serviço de mobilidade urbana, a startup também oferece agendamentos para transporte de crianças acima de 8 anos, a Lady Kiddos, e de idosos, a Lady Care.

A Lady Driver baseia-se em dois pilares: a segurança de motoristas e passageiras e a independência financeira feminina. Para isso, investe constantemente em melhorias e monitoramento da plataforma, além de treinamentos contínuos para as motoristas cadastradas.
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