Operação Leviatã desmantela vasta rede de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas no Distrito Federal


A Polícia Civil do Distrito Federal, nesta terça-feira (15), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas – CORD, deflagrou a Operação Leviatã com o objetivo de desmantelar rede criminosa que operava lavagem de dinheiro, financiamento do tráfico de drogas, comércio de armas de fogo e o mercado ilícito de diferentes tipos de drogas além de outros crimes conexos.

A organização criminosa se valia de empresas, todas de propriedade dos investigados, de diversos ramos, desde a construção civil até empresas de distribuição de produtos farmacêuticos e de produção de eventos culturais, para ocultar a origem e o destino de milhões de reais que serviam para financiar o tráfico de drogas e tinham origem na distribuição de remessas de drogas para diversos traficantes.

O grupo criminoso dispunha, entre seus associados, de contadores para abrir e operar as empresas de fachada, falsificando documentos e demonstrações financeiras, propiciando a lavagem de capitais.

Como financiadores do grupo voltado para o tráfico de drogas, atuavam agiotas que também utilizavam de empresas de fachada para suas operações financeiras.

Os líderes do grupo evitavam ter registrado em seu nome quaisquer bens, utilizando-se de interpostas pessoas, “laranjas”, para compra de veículos de luxo, aquisição de imóveis, construção de obras e obtenção de outros ativos financeiros. Destaque-se que todos esses “laranjas” são parentes dos membros da organização criminosa investigada.

Chama atenção a participação ativa de mulheres no grupo, não somente atuando como colaboradoras de seus companheiros, mas exercendo também liderança nas ações criminosas.

Ao longo de um ano e meio de investigações, a CORD da PCDF logrou em apreender carregamentos de drogas do grupo e bens do bando, materializando as ações de tráfico de drogas que abarcaram diversos Estados da Federação.

Nesta terça (15), foram presos cinco membros da rede criminosa, em decorrência da expedição de mandados de prisão preventiva contra eles, expedidos pela 5ª Vara de Entorpecentes de Brasília, sendo que outros três foram presos em momentos anteriores, no decorrer da operação.

A operação, que contou com técnicas especiais de investigação e a colaboração do Conselho de Controle de Atividades Financeiras – COAF, conseguiu identificar 13 integrantes do grupo criminoso, cinco empresas envolvidas, bloqueou contas bancárias de pessoas jurídicas e físicas, sequestrou bens imóveis e apreendeu veículos de luxo.

Também foi identificado e indiciado um advogado que colaborava com as ações criminosas da rede, o qual monitorava ações policiais contra os membros do grupo, controlando os integrantes da rede criminosa que estavam presos, levando informações do presídio para os chefes do bando que estavam soltos, ajudando na cobrança de dívidas e nas ações de lavagem de dinheiro, prestando informações sobre como se evitar ações policiais, orientando o grupo a ocultar bens e eliminar provas contra eles.

Apesar da engenharia criminosa desenvolvida pela organização, utilizando-se de diversas técnicas de lavagem de dinheiro, inclusive com a construção de uma pousada na cidade de Alto Paraíso, avaliada em R$ 2,5 milhões, e a utilização do sistema financeiro, foi possível identificar criminosos com funções diversas, pessoas jurídicas envolvidas, apreender drogas, armas de fogo, munições, dinheiro em espécie, joias, sequestrar imóveis e apreender diversos automóveis.

Nesta terça (15), foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão em todo o Distrito Federal e na Cidade de Alto Paraíso – GO, que resultaram na apreensão de duas pistolas, porções do entorpecente conhecido como “skunk” e diversos veículos que ainda estão sendo contabilizados.




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