Na 7ª edição do evento, a SES-DF integrou o espaço “Educar & Cuidar da Saúde” proporcionando práticas integrativas, como reiki e massagens, além de vacinação
A Marcha contou com a participação de mais de 100 mil mulheres. A oferta de serviços durante um evento deste porte auxilia no cuidado e prevenção de várias doenças. Foto: Agência Saúde-DF. |
Maria José da Silva, trabalhadora rural, veio de ônibus de Itajubá (MG) para participar, pela primeira vez, da Marcha das Margaridas. em Brasília. O evento, que está em sua 7ª edição, e acontece a cada quatro anos, reúne mulheres rurais em busca de soluções para pautas das mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades. Na capital federal, a mineira aproveitou para atualizar a sua caderneta de vacinação no espaço “Educar & Cuidar da Saúde”.
O local, organizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Escola de Almas Benzedeiras de Brasília, disponibiliza Práticas Integrativas em Saúde (PIS) e bem-estar.
"É muito importante ter um espaço desses aqui para a gente poder se prevenir, né? Nós viemos de longe e estamos no meio da multidão. Então, é bom aproveitar esse momento para cuidar da saúde também!", disse Maria, após tomar a vacina bivalente para a covid-19.
Além da imunização, quem foi ao local, pôde participar de atividades, como massagem, reiki, benzimento, auriculoterapia, além de usufruir de serviços como atendimento psicossocial, aferimento de pressão e glicemia.
A margarida Luísa Lopes de Souza, de São Domingos do Araguaia (PA), não deixou de aproveitar a oportunidade. Na triagem, ela descobriu que está com a pressão alta.
"Estou achando esse espaço aqui muito bom porque você pode se beneficiar do evento para também checar a sua saúde. Eu descobri que estou com a pressão alta. Então, o enfermeiro me explicou que é para eu ir a um médico quando voltar para casa. Gostei bastante e estou muito animada com a Marcha", contou.
Promoção da saúde
De acordo com a coordenadora de Atenção Primária à Saúde do DF e médica, Fabiana Fonseca, a oferta de serviços durante um evento do porte da Marcha das Margaridas auxilia no cuidado e prevenção de várias doenças.
“Essas trabalhadoras rurais, que muitas vezes possuem jornadas triplas de trabalho, podem, aqui, praticar o autocuidado e se fortalecerem ainda mais para reivindicar seus direitos. Nós promovemos a qualidade de vida dessas mulheres por meio de informações sobre cuidados preventivos, acesso a práticas integrativas e imunização”, explicou.
Saberes Ancestrais
O espaço "Educar & Cuidar da Saúde" disponibiliza às mulheres práticas de saberes ancestrais, como o benzimento, realizado pela Escola de Almas Benzedeiras de Brasília.
Para Júnior Pontes, representante da Contag, é importante aliar o atendimento médico às práticas tradicionais de cuidado com a saúde, que já são desempenhadas por muitas dessas mulheres em seus territórios.
“Nosso objetivo é ofertar um cuidado diferenciado, para além do atendimento médico. Queremos potencializar a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, trazendo para esse espaço o que essas mulheres já fazem no seu cotidiano, que é cuidar de uma das outras com o que elas produzem na terra”, destacou.
Para potencializar esses saberes, ao lado do espaço, está localizada a "Tenda Cura", um local onde são realizadas rodas de conversa sobre temas específicos da área, como equidade de raça e gênero, saúde mental e o uso de plantas medicinais.
Marcha das Margaridas
Com o lema: “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”, a Marcha conta com a participação de mais de 100 mil mulheres, que se reúnem para debater temas como a democracia participativa e a soberania popular; o combate à violência de gênero; a proteção da natureza, a importância da reforma agrária, dentre outros.
O objetivo é trazer à tona as pautas políticas das mulheres do campo, das florestas e das águas, homenageando a história de Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Alagoa Grande, na Paraíba, que foi assassinada em 1983. Desde então, a liderança se tornou símbolo da resistência de milhares de homens e mulheres que buscam justiça e dignidade.
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação