A unidade fica no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e atende pacientes com suspeita de doenças relacionadas ao trabalho. Local também elabora relatório para o INSS
Hran abriga o Ambulatório de Saúde do Trabalhador. Com atendimento por encaminhamento, local oferece avaliações e orientações aos pacientes. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência |
Para quem possui alguma queixa ou suspeita de doença adquirida por meio do trabalho, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) oferta avaliações e reabilitação no Ambulatório de Saúde do Trabalhador. O serviço funciona no Hospital Regional da Asa Norte (Hran) nas segundas e terças-feiras, das 7h às 13h. Os agendamentos devem ser feitos por meio das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Entre os serviços disponíveis estão análise de acidente de trabalho com sequelas e avaliação de capacidade laboral para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Vale destacar que, no local, não são feitos exames ocupacionais ou homologação de atestado.
“Muitas vezes as empresas não têm um serviço próprio de medicina do trabalho ou o trabalhador quer ser avaliado por um especialista que não possua relação de trabalho com a sua empresa, para que seja algo imparcial”, explica a médica do trabalho Rosylane Rocha sobre a importância do serviço na rede pública. “O trabalhador pode vir aqui, nós fazemos o atendimento clínico. O médico do trabalho consegue, inclusive, fazer uma assistência em relação à atenção primária em doenças de base, como hipertensão, diabetes”, acrescenta.
As queixas mais comuns dos pacientes no ambulatório são relacionadas a dores osteomusculares e nos membros superiores, principalmente nos punhos, lombalgias e perda de audição. Outra grande procura é de avaliação com relatório especializado para requerimento de benefício de incapacidade ou aposentadoria no INSS.
A médica do trabalho Rosylane Rocha alerta que os trabalhadores devem buscar o ambulatório em caso de doenças ligadas ao ofício. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF |
Atendimento especializado
Rocha alerta que os trabalhadores costumam procurar diretamente outras áreas, por exemplo reumatologia e ortopedia, quando é necessário buscar a medicina especializada nas relações de adoecimento no trabalho. “Às vezes ele quer um relatório, fazer uma avaliação de uma sequela de acidente de trabalho ou tem uma queixa de saúde [relacionada ao ofício], e o nosso atendimento é voltado para esse público”, reforça.
Residente em Medicina do Trabalho no Hran, Hali Abbes ressalta que o trabalho do grupo também auxilia em relação ao fluxo de perícia dos benefícios previdenciários. “Com a orientação adequada, conseguimos minimizar esse fluxo e facilitar o atendimento dos que realmente precisam do benefício. Ajudamos o paciente a saber se é pertinente ou não fazer a solicitação, esclarecendo as dúvidas.”
Os profissionais do ambulatório também estão aptos a emitir relatórios para o médico do trabalho da empresa dos pacientes, informando sobre a atual situação de saúde do trabalhador. Os especialistas podem, por exemplo, sugerir restrições na atuação, como contraindicação de sobrecargas de trabalho e levantamento de peso.
“Os exames e a anamnese ajudam, a longo prazo, a definir o risco ao qual o profissional está submetido. Ele pode ter uma tendência a piorar devido ao tipo de atividade que exerce”, pontua a também residente de Medicina do Trabalho Laís Carvalho. Assim, os profissionais do ambulatório atuam com o objetivo de reduzir os riscos e orientar as empresas nas adaptações necessárias para a saúde do trabalhador.
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação