Medidas simples podem garantir o baixo número de casos e de focos do Aedes aegypti
Seja em casa ou apartamentos, é importante verificar com cuidado os recipientes das plantas para evitar a proliferação do mosquito da dengue. Foto Sandro Araújo/Agência Saúde-DF |
Primeiro, duas boas notícias: o número de casos prováveis de dengue diminuíram 59,4% [https://www.saude.df.gov.br/w/casos-prov%C3%A1veis-de-dengue-despencam-59-4-no-distrito-federal] no Distrito Federal e o índice de infestação do mosquito Aedes aegypti está em patamar considerado satisfatório, de acordo com um levantamento realizado pela Secretaria de Saúde [https://www.saude.df.gov.br/documents/37101/0/LIRAa_agosto_2023_Versao_4.pdf/74fda64c-e160-eb6c-a305-38d3ec5898a9?t=1694625733658%5D.] (SES-DF) em 26.029 imóveis nas 35 Regiões Administrativas do DF durante o mês de agosto. É necessário, porém, fazer uma convocação: "O período com maior intensidade de chuvas está prestes a começar e o engajamento de toda a sociedade é fundamental para garantirmos esses números seguros. É preciso começar a agir agora", alerta a secretária de saúde, Lucilene Florêncio.
A razão é simples: o fato de haver baixo índice de infestação do mosquito está longe de garantir uma segurança para o período chuvoso. "Um ovo do mosquito Aedes aegypti pode passar até 400 dias em um local seco. Ao primeiro contato com a água, em até três horas, acontece o nascimento da larva. Daí, de sete a dez dias, dependendo da temperatura, já sai um mosquito pronto para picar as pessoas", explica o gerente de Vigilância de Vetores e Animais Peçonhentos e Ações de Campo da SES-DF, Edi Xavier de Faria.
Neste momento, no quintal de casas ou mesmo em apartamentos, pneus, sucatas e qualquer tipo de material capaz de acumular água podem estar cheios de ovos microscópicos, invisíveis a olho nu, e se tornarem focos do mosquito daqui a poucas semanas. "Vamos tirar de dentro dos imóveis tudo o que não pode ser mais usado. Só serve para juntar água e criar mosquito? Então junta e joga fora!", Faria dá a dica.
É por conta disso que, apesar de os números da dengue estarem em baixa, diariamente 685 agentes de Vigilância Ambiental em Saúde da SES-DF fazem ações em imóveis de todo o DF. Atualmente, o trabalho tem se concentrado em espaços como borracharias, ferros velhos, oficinas mecânicas e locais onde haja lixo entulhado.
Atenção com as plantas
Outro ponto fundamental para a população ficar atenta é com os recipientes utilizados para plantas em casas ou apartamentos, seja em varandas, jardins ou mesmo em espaços fechados. O Lago Norte é a Região Administrativa que melhor demonstra essa situação: mesmo com o período da seca, a situação de infestação pelo Aedes aegypti foi classificada como de alerta pelo local, com larvas do mosquito tendo sido encontradas em cerca de 2,08% das residências visitadas.
A maioria desses focos estavam em vasos e frascos com água, pratos, pingadeiras e pequenas fontes ornamentais, além de bebedouros e recipientes de degelo de refrigeradores. "Estamos na seca, mas esses pontos têm acúmulo de água por conta da ação humana", explica o gerente.
Outra Região Administrativa classificada como em situação de alerta foi Arapoanga, com 1,15% das residências tendo apresentado larvas do mosquito. O mesmo tipo de recipiente se destacou na hora de localizar as larvas.
Arte: Agência Saúde-DF |
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Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação