Fumantes têm risco duas vezes maior de ter um AVC, alerta especialista

O neurocirurgião Dr. Victor Hugo Espíndola destaca os perigos associados ao tabagismo e uso de cigarro eletrônico


O cigarro tem em sua composição mais de 4,7 mil substâncias químicas, apresentando um risco significativo para a saúde. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que aproximadamente 250 delas são reconhecidas como prejudiciais, destacando-se como fatores de risco para diversas doenças graves, incluindo o Acidente Vascular Cerebral (AVC).

De acordo com o Dr. Victor Hugo Espíndola, neurocirurgião e especialista em doenças cerebrovasculares, fumantes têm duas vezes mais chances de ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC). "O cigarro contém substâncias que atuam na parede das artérias, enfraquecendo-as e propiciando a formação de placas de gordura, podendo obstruir as artérias e interromper o fluxo sanguíneo, levando ao infarto ou AVC", explica o médico.

Os cigarros eletrônicos também apresentam riscos significativos à saúde devido às substâncias químicas presentes em suas vapores, que podem danificar as paredes arteriais. A noção equivocada de que esses dispositivos são uma alternativa segura está sendo desmentida pelos dados emergentes. O neurocirurgião destaca: “Já existem estudos mostrando que pessoas que consomem cigarro eletrônico têm 15% maior chance de desenvolverem AVC antes dos 50 anos", alerta o especialista.

Segundo Victor Hugo Espíndola, os riscos do tabagismo não se limitam apenas aos fumantes ativos. “Fumantes passivos, aqueles que inalam a fumaça do tabaco emitida por outros, também podem sofrer com diversos problemas”, ressalta o neurocirurgião.

Para o médico, a abordagem multidisciplinar é fundamental para oferecer suporte aos pacientes, ajudando-os a superar o vício e a enfrentar os desafios emocionais e físicos associados ao processo de abandono do cigarro.
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