Hospital da Criança de Brasília, exemplo de gestão, busca habilitação nas áreas de anomalias vasculares e doenças raras

Ministério da Saúde visita Hospital da Criança para conhecer modelo de gestão
Unidade, que é referência em pediatria infantil, busca habilitação do órgão nas áreas de anomalias vasculares e doenças raras

Segundo o secretário executivo do Ministério da Saúde, a visita ao HCB servirá para multiplicar o acesso da população a serviços de saúde de qualidade. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF

O secretário executivo do Ministério da Saúde (MS), Swedenberger Barbosa, realizou nesta segunda-feira (18) uma visita ao Hospital da Criança de Brasília (HCB) para conhecer o modelo de gestão da unidade. O objetivo é que as experiências bem-sucedidas possam ser replicadas em outras localidades do país e o órgão inicie o processo de habilitação do hospital como referência nacional para o tratamento de anomalias vasculares e doenças raras.

Segundo o secretário, a visita servirá para multiplicar o acesso da população a serviços de saúde de qualidade. "A gestão do HCB é muito boa. Temos interesse em fortalecer e ampliar novas habilitações em diferentes campos e em fazer isso o mais rápido possível.”

Administrado pelo Instituto do Câncer Infantil e Pediatria Especializada (Icipe), o HCB é público e integra a rede da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF). Inaugurado em 23 de novembro de 2011, desde sua criação até o final de agosto deste ano, já realizou cerca de 6,7 milhões de atendimentos e mais de 4 milhões de exames.

A secretária de saúde, Lucilene Florêncio, destacou que o HCB é o mais jovem da rede de hospitais do DF. "Temos orgulho e certeza de que a alta complexidade da pediatria da capital e do Brasil está garantida. Ontem mesmo recebemos uma criança de Minas Gerais. E minha presença no Conselho Nacional de Secretários de Saúde [Conass] assegura um elo com o restante do país. Aqui, recebemos crianças do Amapá, de Roraima e de vários outros estados”, detalhou.

Servidora pública há 32 anos, a gestora da pasta aproveitou a ocasião para lembrar que, em 2022, o hospital recebeu ainda um aparelho de ressonância magnética, cujo investimento foi de aproximadamente R$10 milhões. Como complemento ao setor de imagem do HCB, que inclui radiografia e tomografia computadorizada, o novo equipamento destina-se a pacientes com quadros clínicos considerados graves e complexos, visto que é capaz de gerar imagens de alta resolução para diagnósticos mais confiáveis, especialmente em casos envolvendo o sistema nervoso, os tecidos moles e as doenças musculares.

Eliana Pina, 30 anos, levou o filho Matheus, de cinco meses, para uma consulta, após diagnóstico de acidemia orgânica e elogiou a unidade: “A brinquedoteca é linda, todo o hospital tem uma temática infantil”. Foto: Agência Saúde-DF

Novos tratamentos

A superintendente executiva do HCB, Valdenize Tiziani, afirmou que intenção é avançar na habilitação junto ao MS e proporcionar aos usuários da rede novas oportunidades de tratamento para doenças graves da infância. "Com a nova habilitação, poderemos fazer transplantes hepáticos e estabelecer um centro de referência para as anomalias vasculares. Além de compor uma unidade de pesquisa para trazer terapias avançadas, genéticas, moleculares e celulares, oferecendo o que há de mais desenvolvido às crianças do DF," explicou.

A Diretora Técnica do Hospital, Isis Magalhães, também acredita que as habilitações devem complementar o trabalho de excelência que já é realizado. "Convidamos o MS a uma visita in loco para apresentar as atuações na unidade e mostrar o nosso papel na rede pública da capital federal.”

Estrutura

A comitiva - formada por Barbosa; pelo diretor do Departamento de Atenção Hospitalar, Nilton Pereira Junior; e pela diretora do Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde, Adriana Lustosa - conheceu toda a estrutura do HCB: laboratório, hemodiálise, sala de espera, centro cirúrgico, setor de reabilitação, ambulatório e espaço da família, que foi recém-inaugurado e conta com sala de brinquedos, laboratório de informática e brinquedoteca.

Nesta última, estava Eliana Pina, 30 anos, que trouxe o filho de cinco meses, Matheus, para uma consulta, após diagnóstico de acidemia orgânica, uma condição causada pela deficiência severa da atividade de uma enzima. O choro da espera foi acalmado pela arara, pelo tucano e pelas pipas no teto que enfeitam os espaços da unidade e tranquilizam os pacientes mirins. “A brinquedoteca é linda, todo o hospital tem uma temática infantil”, comentou a mãe.

Enquanto também aguardava uma consulta, Daiane de Oliveira, 33 anos, observava a filha Joyce Pereira, com anemia falciforme, imaginar histórias ao segurar uma casinha de boneca disponível na brinquedoteca do HCB. “Quando ela está bem, fazemos consulta de três em três meses. Sempre pegamos o remédio aqui na farmácia de alto custo.”

Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação
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