Presos ( mulher e homem de camiseta branca e calça marrom); Suspeito ainda não identificado (camiseta polo azul e calça jeans) |
Policiais da 1ª Delegacia de Polícia realizaram, nesse sábado (30), a prisão de um casal integrante de uma associação criminosa especializada em crimes de furto mediante fraude e estelionato na modalidade retenção e troca de cartões das vítimas, em sua maioria idosos. A ação ocorreu em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça do DF.
De acordo com as investigações, o grupo atuava em todos as regiões do Brasil, e, apenas entre os meses de agosto e setembro, praticou golpes nos Estados do Rio de Janeiro, Paraná, Espírito Santo, Goiás e no Distrito Federal.
O delegado-chefe da 1ª DP, Antônio Dimitrov, explica que esses criminosos instalavam um mecanismo para travar o cartão das vítimas nos caixas de autoatendimento e conseguir se aproximar e persuadir os clientes com ajuda e orientações enganosas, como a de ela poderia realizar o suposto bloqueio do cartão retido na máquina.
“A mulher golpista se aproximava das vítimas e começava a dar orientações para realizar o suposto bloqueio do cartão, e fornecia um telefone falso de uma central de atendimento. Do lado de fora da agência, um comparsa orientava a vítima a digitar os dados no terminal. Nesse momento, a criminosa anotava os dados, enquanto a vítima realizava a suposta operação. Em seguida, a mulher distraía a vítima, enquanto um comparsa entrava na agência e subtraía o cartão da máquina, deixando outro no local”, explica o delegado.
De posse do cartão e dos dados, o grupo realizava transações bancárias para contas de laranjas ou compras de produtos de alto valor. O mesmo casal aplicou um golpe, em julho deste ano, contra uma vítima que estava numa agência bancária da Asa Sul, causando um prejuízo de R$ 15 mil.
A partir de então, a delegacia passou a investigar o grupo, que atuava em todo o território nacional e, no sábado, a equipe conseguiu realizar a prisão do casal quando vinha para Brasília para cumprir regras relacionadas ao benefício da liberdade provisória, uma vez que os envolvidos usufruíam de favor legal em um processo relacionado ao mesmo tipo de crime.
Cumpridas as formalidades legais, a dupla presa foi recolhida à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.