Brasileiros sofrem mais com a doença do que a maioria da população mundial
Secretaria de Saúde disponibiliza equipes capazes de realizar diagnóstico, instituir tratamento e fornecer orientações a pacientes de diversos riscos
A pessoa é considerada hipertensa quando apresenta regularmente pressão arterial superior a 140 por 90 mmHg (14 por 9). Foto: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF |
O cenário brasileiro em relação à hipertensão é mais crítico do que o da maioria das nações. É o que aponta o primeiro relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre os efeitos globais da doença, lançado durante a recente sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. Enquanto na média global 33% dos adultos entre 30 e 79 anos são afetados pela doença, no Brasil, estima-se que o índice alcance 45%, isto é, 50,7 milhões de pessoas. Desse total, 62% possuem o diagnóstico, mas apenas 33% estão com a pressão controlada.
A boa notícia é que, no Distrito Federal, todas as 175 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) contam com equipes de Saúde da Família (eSF) capazes de oferecer o diagnóstico e dar início ao tratamento. Na UBS 15 de Planaltina, por exemplo, ocorrem as reuniões de pacientes do “Hiperdia”, sistema de cadastramento e acompanhamento de hipertensos e diabéticos. Os encontros quinzenais com a equipe multiprofissional acolhem, em média, 20 pessoas. Além de ações diretamente relacionadas ao controle e ao tratamento individual, são também oferecidas orientações acerca dos fatores gerais que impactam no alto nível de pressão arterial.
Há cinco anos, Darlan da Costa, 41, recebeu o diagnóstico positivo para diabetes e hipertensão. O acompanhamento feito em consultas e atividades coletivas na UBS 15 de Planaltina é integrado à retirada dos medicamentos na farmácia da própria unidade. Segundo ele, as instruções oferecidas pelos profissionais auxiliam muito o dia a dia. “Vejo que ajuda não só a mim, mas também aos demais participantes do grupo. Nós que somos diabéticos e hipertensos precisamos mesmo ter maior atenção”, avalia.
O tratamento no Cedoh, na Região Central de Saúde do DF, mantém a paciente Meri Cristina motivada. “A gente não pode desistir nunca”, expõe a paciente. Foto: Jhonantan Cantarelle/Agência Saúde-DF |
Para encontrar a UBS de referência, basta digitar o CEP no portal InfoSaúde. (https://info.saude.df.gov.br/buscasaudedfubs/)
A doença
A pessoa é considerada hipertensa quando apresenta regularmente pressão arterial superior a 140 por 90 mmHg (14 por 9). Os sintomas normalmente aparecem somente em estágios mais avançados ou quando a alteração ocorre abruptamente. Por isso, a Referência Técnica Distrital (RTD) colaboradora de Cardiologia da Secretaria de Saúde (SES-DF), Edna Maria de Oliveira, salienta a importância de realizar a aferição regularmente, ao menos duas vezes ao ano. “A hipertensão é fator de risco para várias doenças. Muitas vezes o primeiro sinal já é um infarto ou um acidente vascular cerebral [AVC].”
Há cerca de um ano, as dores no peito e na cabeça e a dificuldade para dormir de Meri Cristina, 57, começaram a ser investigadas no Centro Especializado em Diabetes, Obesidade e Hipertensão (Cedoh) da SES-DF. O local é referência a pacientes de alto e muito alto risco residentes da Região Central de Saúde do DF - área que compreende Asa Norte, Asa Sul, Varjão, Lago Norte, Lago Sul, Cruzeiro, Sudoeste. Octogonal e Vila Planalto.
Com os riscos identificados pela equipe da UBS 3 da Asa Norte, na Vila Planalto, Meri foi encaminhada ao médico especialista. “Mantenho confiança no atendimento. A gente não pode desistir nunca”, expõe o entusiasmo com a assistência.
Os cuidados
A pressão alta é um dos fatores de risco predominantes no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que, por sua vez, são as principais causas de morte em todo o mundo.
Embora a hipertensão não tenha cura, possui tratamento e pode ser controlada. O relatório da OMS indica que, se os níveis de tratamento projetados para o país forem alcançados, serão evitadas 365 mil mortes pela doença até 2040.
Além dos medicamentos disponíveis, é imprescindível adotar um estilo de vida saudável, com alimentação adequada, atividade física regular e alteração de hábitos relacionados ao fumo e à ingestão de álcool. “É preciso também se atentar a outros fatores de risco, como o diabetes e a obesidade”, acrescenta Oliveira.
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação