Secretaria de Saúde marca presença em lançamento de projeto contra a Aids

Denominada HIVida, iniciativa traz programação composta por expressões artísticas, debates e exposições até o dia 10 deste mês, em locais emblemáticos de Brasília

Objetivo do programa é trazer o tema da Aids de volta ao centro do debate político e combater a discriminação. Foto: Jonathan Cantarelle/Agência Saúde-DF

O governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria de Saúde (SES-DF), participou, na sexta-feira (1º), do lançamento do Projeto HIVida – “Celebrar a Vida para Eliminar a Epidemia de Aids”. Liderado pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o vírus da imunodeficiência humana (HIV, sigla em inglês)/Aids (UnAids), a iniciativa busca trazer o tema de volta ao centro do debate político.

De acordo com dados do HIVida, cerca de 730 mil pessoas estão em tratamento no Brasil, sendo que 654 mil possuem o vírus indetectável no corpo. Em 2023, ocorreram 50 mil novas infecções pelo e quase 11 mil mortes relacionadas à Aids.

O projeto pretende, portanto, quebrar estigmas e preconceitos, encorajando a procura pela ajuda médica. “Os serviços da rede pública têm papel fundamental no combate à discriminação. O cuidado é possível e primordial para minimizar desigualdades sociais. A saúde deve ser igualitária”, avaliou a gerente de Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Gevist) da SES-DF, Beatriz Maciel Luz, durante o evento de inauguração.

Para ela, o HIVida é também uma forma de resgatar o olhar ao combate do vírus e trazer uma nova perspectiva sobre a condição. “O tema do evento propõe celebrar o HIV. Isso mesmo, celebrar, para que ele não seja sempre remetido à doença ou à morte, mas à vida. As pessoas precisam saber que têm acesso ao diagnóstico e ao cuidado integral e que a saúde pública do DF disponibiliza os insumos necessários”, detalha.

O principal intuito do programa é, segundo a representante do Unaids no Brasil, Claudia Velasquez, comemorar os avanços médicos voltados à doença e chamar a atenção para medidas já existentes, especialmente em meio ao público mais desamparado. “O HIVida foca no impacto das desigualdades e das barreiras no cuidado. Precisamos que as populações vulneráveis saibam que têm acesso aos recursos disponíveis no SUS [Sistema Único de Saúde]. Essa é uma tarefa da sociedade como um todo”, explicou.

Até o dia 10 deste mês, o cronograma do projeto trará expressões artísticas, debates e exposições relacionados ao tema. As apresentações serão realizadas no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, e em outros locais emblemáticos da capital, como no Museu Nacional da República e órgãos públicos. A programação na íntegra pode ser conferida no site do HIVida. [LINK: https://unaids.org.br/hivida/]

“A saúde têm papel fundamental no combate à discriminação. O cuidado é possível e primordial para minimizar desigualdades sociais”, afirmou, durante evento de inauguração do HIVida, a gerente da Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis da SES-DF. Foto: Jonathan Cantarelle/Agência Saúde-DF

Redução de mortes no DF

De acordo com o Informativo de Situação Epidemiológica do HIV e da Aids no DF, entre 2018 e 2022, o coeficiente de mortalidade pela doença diminuiu 21,6% na capital. O documento aponta que o índice de óbitos por 100 mil habitantes na região caiu de 3,3 para 2,7 no período. Houve ainda redução nos casos de Aids e de infecção pelo HIV: uma queda de 9,8 para 7,3 por 100 mil habitantes.

As Unidades Básicas de Saúde (UBSs) [LINK: https://info.saude.df.gov.br/servicosdesaudeubs/], as policlínicas [https://www.saude.df.gov.br/carta-de-servicos-policlinicas] e os ambulatórios especializados [https://www.saude.df.gov.br/centro-especializados] compõem a rede de vigilância, prevenção e assistência ao HIV e à Aids. Nesses locais, estão disponíveis diversas estratégias de prevenção combinada: fornecimento de preservativos e gel lubrificante; de medicamentos de profilaxia pós-exposição ao HIV (PEP - quando a pessoa teve uma situação de risco nas últimas 72 horas) e de profilaxia pré-exposição (PrEP - indivíduos com risco frequente, que, diariamente, usarão medicamento para evitar contrair o vírus); testes rápidos; e tratamento àqueles que já convivem com o HIV/Aids.

Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação
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