Conheça a atuação do profissional de saúde na rede pública do DF
Os farmacêuticos da rede pública atuam desde a escolha, programação, compra, armazenamento, distribuição e até entrega de remédios à população, por meio do que é conhecido como “dispensação de medicamentos”. Neste sábado (20), é comemorado o dia nacional do profissional da área farmacêutica. Nos últimos dois anos, 421 novos servidores da área entraram para a equipe da Secretaria de Saúde (SES-DF). Eles trabalham em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), hospitais, clínicas, farmácias especiais e laboratórios.
“O farmacêutico é responsável, entre outras funções, pela padronização e dispensação de medicamentos aos usuários da rede de saúde. Além de oferecer orientações sobre o uso adequado dos remédios, participa de todo o processo de cuidado em saúde da pessoa”, destaca a especialista em Saúde da Diretoria de Assistência Farmacêutica (Diasf/SES-DF), Nathasha Reis.
Para ela, a atuação dos farmacêuticos garante que os pacientes tenham acesso aos medicamentos e os utilizem de forma correta. “São eles que alertam o usuário do SUS [Sistema Único de Saude] sobre os riscos das interações medicamentosas e previne automedicações, por exemplo. Nos hospitais, há uma divisão entre o profissional que atua na área hospitalar - que faz a gestão de estoque e a liberação dos kits aos internados - e na área clínica verifica se o medicamento é o mais adequado e se a dose está correta. É um olhar bem voltado ao paciente e não ao remédio em si”, destaca Reis.
Atendimento na rede
Nas Farmácias de Alto Custo (https://www.saude.df.gov.br/componente-especializado/), os servidores avaliam o estado do paciente, controlam o estoque e entregam os remédios com as orientações sobre a utilização de cada um. Atualmente, essas farmácias têm 94 farmacêuticos e fazem, em média, 1.200 atendimentos por dia, sendo 1.100 pelo Programa Entregas de Medicamentos em Casa.
A dona de casa Sônia Aragão, 58 anos, moradora de Águas Claras, utiliza o serviço há mais de 20 anos e busca os medicamentos no Centro Especializado em Doenças Infecciosas (Cedin), na Asa Sul. “Não tenho do que reclamar, sempre que venho sou muito bem orientada, tanto pelos médicos quanto pelos farmacêuticos, que me atendem com bastante paciência e explicam como devo proceder com a medicação. Nunca tive problemas”, elogia.
Nos hospitais, os farmacêuticos também estão à frente do estoque, distribuem os remédios aos internados e ajudam a cuidar dos pacientes, colaborando com outros profissionais da equipe.
Já nas UBSs, além do trabalho cotidiano, eles ensinam à comunidade sobre saúde e medicamentos. “Muita gente não conhece o serviço do farmacêutico mais próximo ao paciente. Estamos ainda ganhando espaço, conquistando a equipe e os moradores, muitos não sabem como o profissional pode auxiliar. Não adianta só colocar a caixinha [de medicamento] na mão da pessoa. Então, damos todas as informações de como tomar, guardar, descartar e os efeitos adversos dos fármacos”, acrescenta a especialista da Diasf.
Na área administrativa, esses servidores ajudam a criar, revisar e colaborar com a construção de documentos técnicos e políticas que guiam a Assistência Farmacêutica no DF (https://www.saude.df.gov.br/assistencia-farmaceutica). Muitas ações são feitas para subsidiar e promover o uso racional de medicamentos, como a elaboração da Política Distrital de Assistência Farmacêutica (Pdaf), a criação da Câmara Técnica de Cuidado Farmacêutico e outras atividades que dão apoio ao trabalho do setor.
Desde 2019, a SES-DF tem investido na contratação desses profissionais, com nomeações do último certame e, inclusive, autorização para um novo concurso.
Além de oferecer orientações sobre o uso adequado dos remédios, o farmacêutico participa de todo o processo de cuidado em saúde do usuário. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde-DF |
Farmácias Vivas
Dentro da estrutura da SES-DF, os profissionais da área atuam ainda nos laboratórios fitoterápicos de plantas medicinais (https://www.saude.df.gov.br/farmacias-vivas-fitoterapicos/). Um exemplo é a Farmácia Viva de Planaltina. Lá, são fabricados alguns medicamentos, como xarope e tintura de guaco, tintura de boldo, tintura de alecrim pimenta e o gel de erva baleeira. A produção das substâncias é feita pela farmacêutica, bioquímica e fitoterapeuta do local, Isabele Aguiar.
“Realizamos a colheita das plantas medicinais, secagem, trituração, manipulação, produção do medicamento e abastecimento das UBSs da Região Norte. Promovemos atividades com a comunidade e com profissionais de saúde sobre o uso racional de plantas medicinais, por meio das rodas de conversa. Um projeto que, inclusive, foi premiado pela pasta em 2018”, relata a bioquímica.
Ampliação de guichês das Farmácias de Alto Custo
Em 2023, para atender quase 44 mil pessoas nos serviços do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf), as Farmácias de Alto Custo, houve expansão do número de guichês nas unidades de entrega de remédios e, assim, aumentar a capacidade de atendimento (https://agenciabrasilia.df.gov.br/2023/09/11/novos-guiches-nas-farmacias-de-alto-custo-ampliam-atendimento-ao-publico/).
Na unidade da Asa Sul, a quantidade de guichês mais que dobrou, passando de sete para 17. A Farmácia de Alto Custo do Gama também foi contemplada, aumentando de 11 para 14 balcões. Em Ceilândia, o espaço teve um bloco inteiro revitalizado, com melhor divisão do prédio, criação de salas, troca de piso e forro do teto. Além disso, o número de guichês foi ampliado de 16 para 23.
Data comemorativa
Como forma de celebrar o dia do farmacêutico, a Diasf vai promover, no Conselho Regional de Farmácia do Distrito Federal (CRF-DF), o Ciclo de Seminários em Assistência Farmacêutica, uma série de palestras voltadas aos profissionais da rede. A ideia é oferecer treinamento e atualização aos servidores em diversos assuntos relacionados ao setor.
No dia 22 de fevereiro, o curso será voltado ao diabetes; em 4 de abril, o tema será “Acesso a Medicamentos”; o uso racional de remédios será ministrado no mês seguinte, em 9 de maio. Já no dia 26 de setembro, o assunto será “Fitoterapia”; e, por fim, em 7 de novembro, tuberculose e hanseníase”.
O total é de cem vagas para os três níveis de atenção, com certificação de 20h pela Gerência de Educação em Saúde da SES-DF.
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação