Novo boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde também confirma 55 óbitos pela doença. Ações de prevenção e tratamento são intensificadas
Ações de combate ao mosquito da dengue são consideradas fundamentais para vencer a epidemia. Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF |
Novo boletim epidemiológico de dengue divulgado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) nesta segunda-feira (26) registra 100.558 casos prováveis da doença desde o início de 2024. Na última semana, foram mais 19.150 casos. O documento também traz a confirmação de 55 óbitos desde o início do ano, além de outros 82 em confirmação.
De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, a epidemia de 2024 é sem precedentes. “Reflete a tendência global de aumento de casos, em parte decorrente das mudanças climáticas que favorecem a replicação do mosquito”, afirma. Na América Latina, além do Brasil, 11 países registraram aumento no número de casos, como Argentina, Paraguai, Peru e Colômbia, além do território da Guiana Francesa.
Casos no DF
A taxa de incidência da doença é classificada como alta em 28 Regiões Administrativas. Por ordem de incidência, foram registrados mais casos em Brazlândia, seguida por Estrutural, Varjão, Sol Nascente/Pôr do Sol, Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião, Sobradinho I, Gama, Arapoanga, Riacho Fundo I, Fercal, Itapoã, Candangolândia, Taguatinga, Vicente Pires, Cruzeiro, Sobradinho II, Guará, Paranoá, Planaltina, Lago Norte, Samambaia, Núcleo Bandeirante, Plano Piloto, Riacho Fundo II, SIA e Recanto das Emas.
Desde o início do ano, foram 890 ações com carros do “fumacê”. A população deve abrir portas e janelas quando o veículo passar. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF |
Arniqueira, Jardim Botânico, Lago Sul e Águas Claras são classificadas como de taxa de incidência média. Já o Park Way é a única Região Administrativa com classificação de baixa incidência da dengue, apesar de haver 91,37 casos para cada 100 mil habitantes. Por outro lado, em Brazlândia, a incidência supera 3.683 casos para cada grupo de 100 mil.
Em números absolutos, Ceilândia registrou o maior número de casos prováveis: 17.477, seguido por Taguatinga (5.329), Sol Nascente/Pôr do Sol (5.042), Brazlândia (4.807) e Samambaia (4.268). Do total de casos registrados desde o início do ano (100.558), 2.140 são de pacientes residentes em outros estados.
As 12.704 amostras de exames com PCR detectáveis no DF permitiram confirmar 11.370 infecções do sorotipo viral DenV-2 e 1.134 dos sorotipos DenV-1. Não há registros dos sorotipos DenV-3 e DenV-4. Cerca de 1,86% dos casos prováveis de dengue (1.832), entre moradores do Distrito Federal, apresentaram sinais de alarme, com agravamento dos sintomas.
Dos 55 óbitos confirmados, 31 são de pessoas com 60 anos ou mais. Da faixa etária de zero a 14 anos, foram dois casos. Os demais têm entre 15 e 59 anos, e eram moradores de 22 Regiões Administrativas diferentes.
Duzentos mil atendimentos
De acordo com o portal InfoSaúde ((https://info.saude.df.gov.br/atendimentosdengue/)), a Secretaria de Saúde já registrou mais de 200 mil atendimentos de pacientes com dengue em 2024, sendo 165.070 na rede de 176 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas tendas montadas junto a nove administrações regionais, além de 35.316 em emergências de hospitais e Unidades de Pronto Atendimento. Vale ressaltar que um mesmo paciente pode necessitar de vários atendimentos.
Já houve 2.879 internações em leitos gerais (https://info.saude.df.gov.br/resumo-executivo-dengue/), com tempo médio de dois dias e 14 horas para alta. As internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegaram a 214.
Prevenção
O subsecretário Fabiano dos Anjos destaca a importância do combate ao mosquito transmissor da doença. “Ainda não temos tratamentos específico para a dengue e, portanto, nossa melhor estratégia é a prevenção que é feita principalmente pelo combate ao mosquito”, diz.
Desde o início do anos, a SES, a SES-DF já realizou 890 ações de carros do "fumacê" (https://info.saude.df.gov.br/itinerario-fumace/). A Secretaria também conta com mais de 700 agentes de vigilância ambiental que atuam no trabalho diário de combate ao mosquito Aedes aegypti.
Porém, o engajamento da população é fundamental para o enfretamento da pandemia. “É preciso que os cidadãos também façam a sua parte. Não joguem lixo nas ruas, mantenham seus quintais limpos, inspecionem suas residências semanalmente em busca de possíveis criadouros de mosquitos, recebam em suas casas os agentes de vigilância ambiental”, indica o subsecretário.
Mais de 22 mil crianças de 10 e 11 anos já receberam a primeira dose da vacina contra a dengue no DF. Foto: Jhonatan Cantarelle/Agência Saúde-DF |
Vacinação
Já a campanha de vacinação registra, até o último sábado (24), a aplicação de 22.475 doses. Seguindo a orientação do Ministério da Saúde, até o momento a aplicação é exclusiva para crianças de 10 e 11 anos.
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação