Comédia dramática discute diferentes pontos de vista sobre o Brasil com Otávio Augusto, comemorando 60 anos de carreira, e grande elenco
Daniel Marano, Alexandre Menezes, Otavio Augusto, Alexandre Galindo e André Rosa crédito Philip Lavra e Isadora Relvas
Em cartaz há sete anos com o espetáculo, que já rodou o Brasil e coleciona prêmios, o ator Otávio Augusto chega a Brasília com a peça A Tropa em curta temporada no Teatro UNIP (913 Sul), 27 e 28 de abril. Na peça, um pai hospitalizado recebe a visita de seus quatros filhos. O que seria apenas um encontro familiar se revela um acerto de contas, permeado de humor e revelações, tendo como pano de fundo os últimos 50 anos de história brasileira.
Ao lado de Otávio Augusto, estão no elenco Alexandre Menezes, Daniel Marano, Alexandre Galindo e André Rosa, na direção de César Augusto para texto de Gustavo Pinheiro, vencedor de concurso de dramaturgia promovido pelo Banco do Brasil em 2015.
Os filhos são distintos entre si: um dentista militar aposentado, que vive com o pai; um jovem usuário de drogas, com passagens por clínicas de reabilitação; um empresário casado, pai de duas filhas que trabalha numa empreiteira investigada por corrupção; e um jornalista, que acaba de pedir demissão e em crise com a profissão.
Em cena, os cinco vivenciam enfermidades ideológicas, sociais, afetivas e familiares, que retratam a sociedade brasileira contemporânea. Os embates e descobertas, que enfrentam, servem para discutir diferenças e tolerância - temas cada vez mais pertinentes.
A Tropa faz uma leitura perspicaz, sensível, ácida e bem-humorada da sociedade brasileira. “Estreamos no governo Dilma, atravessamos os governos Temer e Bolsonaro e agora estamos de volta a um governo de esquerda, com Lula. Não mexemos em uma vírgula do texto e ele se mantém atual. É interessante e perturbador ao mesmo tempo”, afirma Otávio.
A trajetória de 60 anos de carreira de Otávio Augusto
“A Tropa” marca os 60 anos de carreira de Otávio Augusto, no qual interpreta um militar da reserva viúvo e autoritário que, no leito de hospital, vê as relações veladas da família serem descortinadas.
“Tenho três famílias teatrais fundamentais: a primeira foi no começo da minha carreira, no Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso, Renato Borghi, Othon Bastos, fazendo espetáculos fantásticos, como “Pequenos Burgueses” (1963), “O Rei da Vela” (1967), e “Galileu Galilei” (1968). O segundo grande encontro teatral da minha vida foi com Fernanda [Montenegro] e Fernando [Torres], meus queridos amigos e parceiros de cena em grandes sucessos como “O Interrogatório” (1972), “O Amante de Madame Vidal” (1973) e “Suburbano Coração” (1989). E o terceiro encontro vivo desde 2016, com essa verdadeira família afetiva que se formou em torno de “A Tropa”. Sou muito feliz fazendo esse espetáculo com estes companheiros”, afirma o ator, agraciado, em junho deste ano, com o Prêmio APTR pelo conjunto da sua carreira teatral. Em sua carreira, Otávio coleciona importantes prêmios como Kikito, Prêmio Shell e nada menos do que cinco Prêmios APCA.
Zé Celso reconheceu o talento e a sensibilidade do ator muito antes de sua estreia nas peças do Teatro Oficina. “Num dia, apareceu na minha frente um sujeito que atuava com espontaneidade, humor, emoção. Um ator feito, que nasceu com a vocação. Era Otavio Augusto", escreveu o dramaturgo na orelha do livro da peça, publicado em 2018 pela Editora Cobogó. “É um ator verdadeiro, completo: é trágico, cômico, tesudo, antropofágico, e faz parte de uma linhagem rara de atuação brasileira", complementou.
Otávio Augusto também marcou gerações com personagens inesquecíveis na televisão, nos sucessos “Vamp” (1991), “Tieta” (1989) e “Avenida Brasil” (2012), e no cinema, com os filmes “Central do Brasil” (1998), “Boleiros” (1998), “Mar de Rosas” (1977) e no mais recente “Eduardo e Mônica”.
Ficha técnica:
Texto: Gustavo Pinheiro | Direção: Cesar Augusto | Elenco: Otavio Augusto (o pai), Alexandre Menezes (Humberto), Daniel Marano (João Baptista), Alexandre Galindo (Artur) e André Rosa (Ernesto) | Stand-in: Daniel Villas / Gabriel Albuquerque | Cenografia: Bia Junqueira | Iluminação: Adriana Ortiz | Figurinos: Ticiana Passos I Assistente de interpretação: Gabriel Albuquerque I Fotos: Philipp Lavra e Isadora Relvas, Elisa Mendes; Pablo Henriques; Jonatas Marques; Fernandovisky | Registro videográfico: Tiago Scorza, Jonatas Marques | Assistência de produção: Ana Queiroz e Cristina Mullins I Produção Executiva: Daniel Marano | Direção de produção: Alexandre Galindo Realização: Gênese Produções | Produção em Brasília: DECA Produções | Apresentado por BRASAL
Press-kit: https://bit.ly/EspetaculoATropa
Serviço:
[Teatro] A Tropa
Local: Teatro UNIP
Endereço: SGAS 913 - Asa Sul
Temporada: dias 27 e 28 de abril, sábado, às 20h, e domingo, às 19h30
Não será permitida a entrada após o início do espetáculo
Ingressos:
Plateia: R$ 120 (inteira), R$ 60 (meia), e R$ 90 ingresso solidário (mediante doação de 1kg de alimento, promoção válida para os primeiros 40 ingressos por sessão)
Plateia popular: R$ 50 (inteira), e R$ 25 (meia)
À venda pelo Sympla (https://bileto.sympla.com.br/event/90880/d/239355) e na Belini (113 Sul), sem taxas. Aceita: cartões e Pix
Duração: 70 minutos
Classificação indicativa: não recomendado para menores de 14 anos
O Teatro UNIP: https://www.teatrounip.com | https://www.facebook.com/TeatroUnip | @teatrounip. Bilheteria: apenas nos dias de apresentação sábado e domingo das 14h até o início do espetáculo. Aceita todos os cartões de débito e crédito. Não aceita cheque. Ar-condicionado e acesso para cadeirantes. Estacionamento gratuito