Tema da jornada científica deste ano foca em avanços do diagnóstico ao tratamento
A programação irá contar com mesas redondas até quarta (5). Os interessados podem participar virtual ou presencialmente. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF |
Foi dada a largada à II Jornada de Triagem Neonatal do Distrito Federal. Nesta segunda-feira (3), profissionais e estudantes de saúde debateram os avanços e as atualizações do programa na rede pública, do diagnóstico ao tratamento. O evento, realizado pelo Hospital de Apoio de Brasília (HAB) e pela Sociedade de Pediatria do Distrito Federal (SPDF), segue até quinta (6).
A programação da jornada deve contar com mesas redondas sobre o tema até quarta (5), que podem ser acompanhadas virtualmente neste link: https://www.youtube.com/@amaviraras. A participação presencial, por sua vez, está condicionada à disponibilidade de vagas e deve ser checada no próprio local – o Hotel San Marco, na Asa Sul. No último dia de evento (6), membros já inscritos irão realizar uma visita técnica ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal e Doenças Raras do DF, no HAB, para onde são encaminhados todos os exames de triagem neonatal realizados na rede pública do DF.
Presente na solenidade de abertura, a chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (Aras) da Secretaria de Saúde (SES-DF), Andrielle Haddad, destacou o esforço das equipes em busca de maior qualidade ao diagnóstico precoce e ao tratamento. “A jornada permite dar mais visibilidade às doenças neonatais, assim como à prevenção por meio do Teste do Pezinho.”
O programa de triagem neonatal [https://www.saude.df.gov.br/triagem-neonatal] oferecido no DF (Teste do Pezinho) é, segundo a presidente da SPDF, Luciana Monte, referência nacional. “Trata-se de um modelo que traz resultados extremamente bem-sucedidos”, disse.
Por lei, o Teste do Pezinho é obrigatório e realizado ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. Foto: Matheus Oliveira/Arquivo/Agência Saúde-DF |
Testagem
A Lei Distrital nº 4.190/2008 torna obrigatória a realização do Teste do Pezinho ainda na maternidade, antes da alta hospitalar. O método é capaz de detectar até 62 enfermidades em recém-nascidos, tornando-o o maior do País [https://www.saude.df.gov.br/web/guest/w/df-passa-a-detectar-tr%C3%AAs-novas-classes-de-doen%C3%A7as-no-teste-do-pezinho]. Em 2023, a SES-DF incluiu ainda mais três doenças ao rol de testagem: lisossomais de depósito, imunodeficiência combinada grave (SCID) e atrofia muscular espinhal (AME). No DF, esses exames são encaminhados ao Serviço de Referência em Triagem Neonatal do HAB.
Vale destacar que a triagem neonatal não é um teste diagnóstico. Ele identifica alterações genéticas na população que podem significar a presença de alguma patologia rara. A partir do alerta, é realizada uma série de exames confirmatórios para detectar se há presença da enfermidade ou não.
“A jornada lança luz às doenças neonatais”, afirmou a chefe da Assessoria de Redes de Atenção à Saúde (Aras) da Secretaria de Saúde. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF |
O coordenador-geral de Doenças Raras do Ministério da Saúde, Natan Monsores, explicou que o tratamento de enfermidades incomuns precisa envolver diversos entes e áreas. “As doenças raras devem ser tratadas em todas as suas complexidades. É um ecossistema que pede um olhar cuidadoso e multidisciplinar para que histórias de sucesso sejam rotinas no SUS [Sistema Único de Saúde]”, afirmou durante a abertura do evento.
Também marcaram presença na solenidade, o presidente do HAB, Alexandre Lyra de Aragão Lisboa; o geneticista em Doenças Raras do HAB, Gerson Carvalho; o representante da Federação Brasileira das Associações de Doenças Raras (Febrararas), Rômulo Marques; e parlamentares distritais.
Para mais informações, contate-nos pelo e-mail: entrevista.saudedf@saude.df.gov.br
Secretaria de Saúde do Distrito Federal | Assessoria de Comunicação