Londres – Em resposta ao bloqueio de quatro meios de comunicação russos na União Europeia, o Ministério de Negócios Estrangeiros da Rússia anunciou a proibição das transmissões de 81 veículos de notícias europeus no país. Entre os veículos afetados estão grandes redes de TV, rádio, agências de notícias e jornais como RAI, RTP, Radio France Internacional, Politico, Agence France-Presse, El País, La Reppublica e Le Monde.
Os meios russos que haviam sido bloqueados na UE em maio – Voz da Europa, RIA Novosti, Izvesta e Rossiyskaya Gazeta – foram acusados pelo Conselho Europeu de estarem sob controle direto ou indireto do governo russo, “difundindo e apoiando a propaganda russa e a agressão contra a Ucrânia”.
Segundo o Conselho Europeu, “a Federação Russa envolveu-se numa campanha sistemática e internacional de manipulação dos meios de comunicação e de informação, interferência e grave distorção dos fatos, a fim de justificar e apoiar a sua agressão em grande escala contra a Ucrânia e de reforçar a sua estratégia de desestabilização dos países vizinhos, da UE e de seus Estados-Membros”.
Esta medida por parte da Rússia marca uma escalada nas tensões entre Moscou e a União Europeia, ampliando a já extensa lista de sanções e contra-sanções impostas desde o início do conflito na Ucrânia. Analistas acreditam que a decisão pode intensificar a guerra de informações entre as duas partes, com impactos significativos no fluxo de informações tanto na Rússia quanto nos países da UE.
A decisão russa de bloquear os veículos de mídia europeus vem em um momento crítico, onde a comunicação e a disseminação de informações precisas são essenciais. Com a proibição, o acesso a diversas perspectivas e reportagens independentes dentro da Rússia será ainda mais restrito, limitando a visão dos cidadãos russos sobre os acontecimentos globais e regionais.
Por outro lado, a União Europeia tem defendido suas ações afirmando que os meios de comunicação russos bloqueados estavam contribuindo para a disseminação de desinformação e propaganda que desestabilizavam a região. A UE ressalta a importância de combater a desinformação, especialmente em tempos de conflito.
A situação continua a evoluir, com ambos os lados monitorando de perto os efeitos dessas restrições mútuas e a comunidade internacional observando atentamente as consequências para a liberdade de imprensa e a integridade das informações divulgadas.
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