Setembro Amarelo: Brasil registra alta incidência de suicídio entre adolescentes e jovens

Professor do UNICEPLAC destaca a importância da prevenção. Curso de Psicologia da instituição oferece atendimentos gratuitos


Com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, a campanha Setembro Amarelo de 2024 é destaque em todo o Brasil. Lançada em 2014 pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a iniciativa tem como objetivo reforçar a mobilização nacional na luta contra o suicídio, uma das principais causas de morte evitáveis no mundo.

O psicólogo Rafael Félix Leite, mestre em Educação e professor do curso de Psicologia do Centro Universitário UNICEPLAC, destaca a importância de discutir o tema ao longo do ano. “A prevenção do suicídio requer vigilância constante. É essencial estarmos atentos aos sinais de sofrimento intenso e ao esvaziamento do sentido da vida. Sintomas como desânimo, descuido com a aparência, comportamentos de risco, preparação para a morte, tentativas anteriores de suicídio e isolamento social são indicadores críticos. Hoje, as redes sociais também podem ajudar a monitorar como uma pessoa lida com seu sofrimento”, observa Leite.

Grupos particularmente vulneráveis incluem indivíduos com transtornos mentais, como depressão, esquizofrenia e alcoolismo; aqueles com histórico de tentativas de suicídio; idosos que enfrentam isolamento social, perda de entes queridos e doenças crônicas; sobreviventes de abusos sexuais ou grandes traumas; e adolescentes e jovens, devido às suas mudanças hormonais e desenvolvimento emocional ainda em curso. Dados preocupantes foram revelados por um levantamento da Fiocruz Bahia, que indicou um aumento de 6% na taxa de suicídio entre jovens no Brasil entre 2011 e 2022. Além disso, as autolesões notificadas cresceram até 29% no mesmo período.

O professor Rafael enfatiza que o apoio psicológico pode ser crucial durante uma crise. “Nos momentos mais agudos, a pessoa pode sentir que o fim da vida é a única solução para seu sofrimento. No entanto, com o manejo adequado, um psicólogo pode ajudar a pessoa a entender que o sofrimento tem um fim e que o apoio pode oferecer alívio. Apenas ouvir pode trazer resultados significativos”, explica.

Debater abertamente sobre saúde mental, fatores de risco e transtornos psiquiátricos é fundamental para a prevenção. “Falar sobre o suicídio de maneira aberta e responsável é vital. Precisamos criar um ambiente onde as pessoas se sintam confortáveis para discutir suas angústias. O suicídio é um problema de saúde pública e deve ser tratado como tal”, reforça Leite.

No DF, o UNICEPLAC oferece diversos serviços gratuitos em saúde mental, incluindo psicoterapia e avaliação psicológica. Pessoas que enfrentam dificuldades podem procurar o Centro Integrado de Estudos Psicossociais (CIEPSI). Mais informações: https://www.uniceplac.edu.br/comunidades/
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