Um problema crônico de vazamento de esgoto na quadra 712 Sul, em Brasília, tem levado moradores a tomarem medidas extremas, como a venda de seus imóveis. O forte odor e o risco de doenças infecciosas causados pelo esgoto a céu aberto transformaram a rotina dos residentes, muitos dos quais já não acreditam mais na solução do problema por parte das autoridades.
Desespero e abandono
Os moradores mais próximos ao local do vazamento relatam que há meses convivem com a situação, que só tem piorado. Sem respostas efetivas dos órgãos responsáveis, o sentimento de abandono cresce. "A gente já fez diversas reclamações, mas até agora nada foi resolvido. O mau cheiro é insuportável e ainda há o medo de contrair doenças", desabafa um morador que prefere não se identificar.
O esgoto escorre diariamente pelas ruas, agravando ainda mais a situação sanitária da região. "É recorrente. Todos os dias temos que lidar com esgoto na porta de casa", comenta outro residente. Com a passagem de veículos sobre o vazamento, o esgoto se espalha por várias ruas da quadra, levando o mau cheiro para ainda mais longe.
Medidas extremas
Sem uma solução à vista, alguns moradores tomaram a decisão de vender suas casas. "Infelizmente, não dá mais para viver assim. O risco para a nossa saúde é grande, e ninguém parece disposto a resolver. Estamos de mãos atadas", lamenta um morador que já colocou seu imóvel à venda.
A sensação de insegurança sanitária é compartilhada por grande parte dos residentes, que temem o surgimento de doenças infecciosas devido ao contato contínuo com o esgoto. "Aqui tem crianças, idosos, todo mundo está vulnerável", acrescenta outro morador, preocupado com os possíveis impactos à saúde pública.
Apelo às autoridades
Os moradores da 712 Sul seguem pressionando para que o problema seja resolvido com urgência, mas até o momento, as soluções apresentadas têm sido paliativas. "Nós queremos uma resposta definitiva. Não podemos continuar vivendo assim", reforçam.
Enquanto aguardam uma solução, o esgoto continua a se espalhar, prejudicando não apenas os moradores mais próximos, mas toda a comunidade da região.
O caso expõe a necessidade de ações rápidas e eficazes por parte das autoridades para evitar que mais moradores sejam forçados a deixar suas casas devido às condições insalubres na quadra.