Ponte JK é palco da Copa do Mundo e do Mundial Júnior de Salto Ornamental em Grandes Alturas graças à balneabilidade do lago
Todo o Distrito Federal conhece a excelente qualidade das águas do Lago Paranoá. Sabe também que é por causa dessa qualidade, garantida e monitorada pela Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb), que o Paranoá tem sido palco de grandes eventos aquáticos. Neste fim de semana, mais uma importante competição internacional acontece no lago, bem perto da Ponte Juscelino Kubitschek: a Copa do Mundo e o Mundial Júnior de High Diving.
A modalidade é uma variação dos saltos ornamentais. A maior diferença é que os atletas saltam de grandes alturas, que variam entre 12 e 27 metros, o equivalente a prédios de 5 a 12 andares, respectivamente. Esse é o tamanho da plataforma montada no Lago Paranoá, ao lado da Ponte JK, próximo à área de lazer da região.
Participam da copa mais de 80 atletas de 19 países, incluindo sete atletas brasileiros, entre eles os brasilienses Rafael Borges, Miguel Cardoso e Janine Freitas. As provas começaram hoje e continuam até domingo. A competição é classificatória para o Mundial de Singapura, em 2025.
Qualidade das águas do Paranoá
A balneabilidade do Lago Paranoá possibilitou a realização da Copa do Mundo de High Diving. Mesmo durante a longa estiagem, o Paranoá oferece boas condições de uso tanto para banho quanto para a prática de atividades esportivas.
A qualidade da água é monitorada o ano todo pelo Laboratório da Caesb. Toda semana, técnicos do laboratório da companhia coletam amostras de água recolhidas em 10 pontos de pesquisa, distribuídos em torno dos 48 quilômetros quadrados abrangidos pelo lago. Dois tipos de testes são feitos: um para medir o pH (grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade da água) e outro para aferir a quantidade de coliformes fecais (bactéria Escherichia coli) e de algas.
O teste de pH é realizado no próprio lago pelos técnicos da Caesb. As análises de coliformes são feitas no laboratório da companhia, que explica: a água é considerada apropriada para uso se o pH estiver entre 7 e 10 numa escala que vai de 0 a 14. Já para a presença da Escherichia coli, o limite aceitável é de 800 dessas bactérias para cada 100 mililitros de água.
As análises mais recentes, feitas em 30 de setembro, apontam que os parâmetros de balneabilidade do Paranoá estão dentro dos padrões definidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nenhuma das áreas avaliadas pela Caesb está imprópria para banho. A companhia lembra que as áreas próximas das Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) Norte e Sul, mesmo após serem tratadas, são permanentemente impróprias para banho ou atividades esportivas.
Com a balneabilidade do Paranoá, o coordenador de Análises Biológicas e Limnológicas do Laboratório da Caesb, Bruno Batista, garante: “os atletas podem saltar tranquilos, tendo a certeza que o lago de Brasília oferece água da melhor qualidade”.
Crédito das fotos: Cristiano Carvalho (Caesb)