Após análises das provas, Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília entende que o acusado também foi responsável por ocultação de cadáver e corrupção de menores
A 1ª Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília denunciou, nesta quarta-feira, 30 de outubro, Jackson Nunes de Souza pelo envolvimento na morte de João Miguel da Silva Souza, por praticar homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. O corpo da vítima, que tinha 10 anos, foi encontrado em 13 de setembro, em uma fossa do bairro Lúcio Costa, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
A denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) alegou que a ação teve motivo torpe (retaliação à cobrança de dívida anterior aos fatos); meio cruel (por asfixia); emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima (foi atacado subitamente); e o crime praticado contra menor de 14 anos de idade.
De acordo com a Promotoria, embora o inquérito policial tenha indicado que o acusado cometeu apenas ocultação de cadáver e que os menores foram os únicos autores do homicídio, uma análise detalhada das provas revela que Jackson, maior de idade, tinha o domínio do fato e determinou a morte da vítima, valendo-se dos menores para alcançar a consumação do crime.
Relembre o Caso
O caso João Miguel da Silva Souza, ocorrido em Brasília em 2021, trata do desaparecimento e morte de um adolescente de 14 anos, João Miguel, que saiu de casa para se encontrar com amigos e não voltou. Após alguns dias de buscas intensas realizadas pela família e pela polícia, seu corpo foi encontrado em uma área de mata próxima a Brasília.
A investigação apontou que João Miguel foi vítima de homicídio. A polícia identificou suspeitos que faziam parte do seu círculo social, e os detalhes revelaram um possível envolvimento em conflitos anteriores.
Processo 0738671-42.2024.8.07.0001