Corte no Fundo Constitucional ameaça economia do DF: Ibaneis defende Brasília enquanto Lula busca cortes

Mudança proposta pelo governo federal pode retirar R$ 800 milhões anuais do DF, impactando saúde, educação e segurança. Governador Ibaneis Rocha alerta para o risco de "efeito dominó" no setor produtivo.


O Distrito Federal enfrenta uma grave ameaça econômica diante da proposta do governo federal de alterar a base de cálculo do Fundo Constitucional do DF (FCDF). A medida, que parte do Ministério da Fazenda sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pode reduzir significativamente os repasses ao DF, comprometendo setores essenciais e agravando a dependência econômica da capital federal.

O governador Ibaneis Rocha tem sido um firme opositor da iniciativa, destacando os riscos que a mudança trará para a população e a economia local. Atualmente, o FCDF representa cerca de 40% do orçamento do DF, com previsão de R$ 25 bilhões para 2025. A mudança sugerida, que vincula o cálculo ao IPCA em vez da Receita Corrente Líquida (RCL) da União, pode gerar uma defasagem acumulada de R$ 12 bilhões em 15 anos, segundo cálculos do governo local.

“Estamos falando de áreas vitais como saúde, educação e segurança pública. Essa redução no orçamento terá impactos em cascata, afetando empregos, o setor produtivo e o consumo local. Não podemos aceitar que Brasília arque com o ônus dessa mudança”, afirmou Ibaneis.

Enquanto o presidente Lula e sua equipe econômica minimizam os efeitos da medida, setores produtivos do DF já sentem a ameaça. Um corte de R$ 800 milhões anuais pode resultar em aumento de tarifas de transporte público, corte de subsídios e sobrecarga na já elevada carga tributária sobre empresas locais.

Ibaneis Rocha tem defendido alternativas para garantir a sustentabilidade financeira da capital, como a diversificação da economia e o fortalecimento do empreendedorismo, especialmente entre os jovens. No entanto, o governador ressalta que essas iniciativas não são suficientes para compensar o impacto imediato da redução nos repasses federais.

A decisão do governo federal, vista como insensível às particularidades do DF, expõe uma crise institucional entre União e governo local. Enquanto Ibaneis luta para proteger Brasília, a postura do presidente Lula coloca em xeque o compromisso com a capital federal, que exerce um papel único e estratégico como sede administrativa do país.

A população e o setor produtivo do DF aguardam ansiosos por uma reavaliação da proposta, enquanto crescem os apelos por um diálogo que preserve os recursos necessários ao desenvolvimento e bem-estar da capital brasileira.
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