Visitas e orientações constantes ajudam comunidade a manter foco na prevenção do mosquito transmissor da doença
Na casa da aposentada Miriam Ferraz, 67 anos, não há espaço para descuidos. Plantas sem pratinhos que acumulam água e as demais áreas da residência limpas são motivo de elogios dos Agentes de Vigilância Ambiental (Avas). “Sempre recebo os agentes com alegria. Eles me orientam e, graças a Deus, minha casa está sempre protegida. Já tive dengue antes, quase morri, e não quero passar por isso de novo”, conta dona Miriam, que também adota repelentes e outros cuidados para garantir a saúde da família.
Esse cuidado não é isolado. Devido ao trabalho dos Avas da Secretaria de Saúde (SES-DF), os moradores do Morro Azul, em São Sebastião, têm reforçado as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti . As inspeções minuciosas, somadas às orientações frequentes, ajudam a comunidade a evitar criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya .
“Nosso trabalho vai além de eliminar focos. Ele também é educativo. Mostramos aos moradores que ações simples, como tampar caixas d’água, limpar calhas e evitar acúmulo de água em objetos, fazem toda a diferença. O período de chuva exige ainda mais atenção”, explica a agente Gracineide da Costa.
Durante a visita, os agentes de vigilância identificaram uma caixa com latas acumuladas no quintal da autônoma Maria do Livramento, 43 anos. “Essa vistoria é muito importante, pois elas detectam focos que às vezes passam despercebidos por nós moradores”, comentou.
Além das residências, as escolas da região também são alvos das inspeções. Na visita à Escola Classe 303 de São Sebastião, os agentes trataram calhas e canaletas com água parada. “Nossa prioridade é proteger as crianças e os professores. Fazemos visitas frequentes, orientamos a equipe escolar e cuidamos de qualquer foco encontrado”, explicou a agente Josefa Ribeiro.
“Sempre recebo os agentes com alegria. Eles me orientam e, graças a Deus, minha casa está sempre protegida”, comenta a aposentada Miriam Ferraz. | Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF |
Armas contra o mosquito
O trabalho de combate ao Aedes aegypti feito pela SES-DF tem sido reforçado com diferentes técnicas, como aplicação de larvicidas, armadilhas para monitorar o mosquito e ferramentas tecnológicas, como mapas de calor, para direcionar as ações mais rapidamente.
Para o subsecretário de Vigilância à Saúde, Fabiano dos Anjos, essas ações são essenciais para evitar a proliferação do mosquito. “O acúmulo de água em recipientes e áreas abertas aumenta exponencialmente os criadouros, e é por isso que precisamos intensificar nossas ações. Reforçar as medidas preventivas e educativas nesse momento é essencial para evitar uma epidemia, proteger a saúde da população e reduzir a sobrecarga no sistema de saúde do DF."