Brasília acelera rumo ao futuro com transporte coletivo mais inclusivo e eficiente

Com gratuidade em ônibus e metrô aos domingos, renovação da frota e ampliação do metrô, capital investe em mobilidade sustentável e na qualidade de vida da população


Brasília chega aos 65 anos de existência provando que é possível reinventar sua vocação urbanística sem esquecer suas origens. Projetada para carros, a cidade — que foi sonhada para abrigar 500 mil habitantes — hoje se adapta a uma nova realidade, com quase 3 milhões de moradores e foco cada vez maior no transporte coletivo, na mobilidade sustentável e na valorização do pedestre.

Com ações como o programa Vai de Graça, que garante gratuidade no transporte público aos domingos e feriados, além da renovação da frota de ônibus e da expansão do metrô, o Governo do Distrito Federal (GDF) tem buscado transformar a maneira como os brasilienses se deslocam, promovendo mais segurança, agilidade e inclusão social.

“São ações importantes para melhorar a qualidade de vida da população. Cada obra viária concluída devolve tempo às pessoas. Tempo que seria perdido no trânsito e que agora pode ser usado com a família, no lazer ou no trabalho”, afirma o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno Gonçalves.

Transporte gratuito e inclusão social

Lançado no fim de fevereiro, o Vai de Graça já mostrou impacto relevante: aumentou em 60% o número de passageiros aos domingos e em 11% nos demais dias da semana. Mais do que números, o programa representa uma mudança de mentalidade, segundo o secretário.

“Muitos usuários começaram a usar o sistema por conta da gratuidade dominical e perceberam que o serviço funciona. Isso gera confiança, aumenta a demanda e desafia o governo a investir mais — o que é ótimo”, destaca Zeno.

Mesmo com o crescimento do número de passageiros, a frota aumentou apenas 3% aos domingos, o que segundo o GDF demonstra que o custo do programa é baixo diante dos ganhos. “A tarifa técnica diminui, pois com mais gente usando o sistema, o valor pago por viagem às empresas cai. É um ganho em escala que beneficia todos”, explica.

Além do transporte, o comércio também sente os efeitos positivos: mais pessoas nas ruas, mais consumo nos bares, restaurantes, feiras e centros culturais.

Depoimentos revelam impactos na vida real

A auxiliar de loja Patrícia Canguçu, moradora de Samambaia, usa o benefício para aproveitar o tempo com a filha. “Foi muito legal passear no Eixão do Lazer sem pagar passagem. Esse dinheiro ajuda a comprar uma comida ou uma bebida e movimenta o comércio”, conta.

Já a professora Eliana Fernandes Nunes, que vive no Paranoá Parque, viu no Vai de Graça a oportunidade de estar mais próxima da família. “Domingo era dia de economizar. Agora acordo animada para andar de ônibus com minha família sem gastar. São R$ 55 de economia que viram compras ou um passeio. Isso muda o final de semana da gente”, relata.

Investimento contínuo e tarifas congeladas

As medidas não param na gratuidade. O GDF também decidiu manter os valores das tarifas até o fim de 2026, mesmo enquanto outras capitais já anunciaram aumentos neste início de ano. O último reajuste em Brasília foi em 2020, de 10%, bem abaixo dos aumentos de até 50% registrados em gestões anteriores.

A política de mobilidade inclui ainda a renovação da frota de ônibus — com veículos mais modernos, seguros e confortáveis —, o retorno dos tradicionais "zebrinhas" e a expansão da malha metroviária, além da construção de viadutos, passarelas e rodoviárias que facilitam o trânsito e a integração entre regiões.
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