Show marcará lançamento do álbum “Violeta” que chega também no nostálgico formato de fita cassete

Depois de uma bem sucedida turnê no Japão em 2024 o saxofonista, flautista e compositor paulista Dado Magnelli chega ao palco do CTJ Hall da Casa Thomas Jefferson para uma apresentação gratuita e que promete encantar aos ouvidos mais exigentes. A apresentação foi escolhida para celebrar o mês da apreciação do jazz e nela Dado Magnelli lançará “Violeta” o sétimo álbum da carreira. A apresentação começa pontualmente às 20 horas e não será necessário retirar os ingressos antecipadamente. Basta comparecer ao CTJ Hall, que fica na sede da Thomas, na 706/906 Sul. O show também será transmitido, ao vivo, pelo canal da Thomas no Youtube.
Cor que dá nome ao álbum de Dado Magnelli, além de representar a criatividade, violeta também é usada para trazer equilíbrio e harmonia a um ambiente. Rica em significados, serve para criar um toque de mistério e espiritualidade. É também uma forma de dar identidade a um projeto musical como uma gravação. São alguns dos motivos, segundo o músico, que o fizeram colocar esse nome no trabalho. A novidade é que, além dessas plataformas, o lançamento será em um formato cheio de nostalgia, a fita K7 (ou cassete).
"Ao mesmo tempo, violeta é um nome que carrega a alegria e a tristeza, juntos. O álbum traz ambos os sentimentos. Diria que há também uma carga emocional forte, foi período de muita inspiração/emoções, decorrentes do nascimento de meu filho", diz Dado. O roteiro vai de chorinho (Banho de espuma) a valsa (Violeta), passando por afoxé (Ele chegou) e fox/choro (Lua de mel).
Dado lembra que quando surgiu, nos anos 1960, a fita K7 ajudou a revolucionar a forma de difusão da música, ao criar a possibilidade de as pessoas gravarem e reproduzirem som. Ele destaca que com o passar dos anos mais recursos tecnológicos foram incorporados, o que melhorou a qualidade das gravações no revolucionário mecanismo para tocar música e que poderia ser levado no bolso. É esse sentimento que o músico quer trazer de volta.
A fita, segundo ele, traz uma obra da artista visual Cris Burger. "Faz anos que sonho com a ideia de fazer uma capa com uma obra dela. É uma artista visual que admiro. É um tesouro escondido. Uma artista brilhante, conhecida por poucos. Sou um deles”.
O álbum
Violeta é definido por Magnelli como uma espécie de sigo, uma estética semelhante do ponto de vista de sonoridade. “O Brasil é muito rico em termos de ritmos. Isso me inspira. Fora a inspiração que vem do mundo. O importante é não se fechar. O diferencial do último CD, é que este gravei em quarteto. Eu chego com a música, mas a partir disso faço questão que todos participem, opinando e criando caminhos". Para este show de lançamento, Dado estará acompanhado por Daniel Grajew (piano), Felipe Gianei (baixo) e Douglas Alonso (bateria/agogô).
A apresentação para o público do CTJ Hall seguirá o mesmo roteiro apresentado no Japão, de onde o músico guarda grandes lembranças e onde diz ter sido muito bem recebido pela população. "Desde o lançamento do disco Minha Cidade (2010), notei pelas estatísticas dos distribuidores digitais que na Ásia minha música é 10 vezes mais ouvida do que no Brasil. Desde então, venho tentando encontrar uma forma de ir até lá para fazer shows. Em 2024, finalmente, consegui e me estimulou a registrar estas músicas que estavam em meu caderno. Foi uma experiência transformadora. Me estimulou a me tornar mais ativo na criação artística, apesar das grandes dificuldades que enfrentamos!"
O artista
Dado Magnelli é apelido e nome artístico do paulistano que começou cedo na música. Aos três anos já fazia aulas de piano. Mais tarde veio a flauta transversal e o saxofone e, por este último, foi estudar na Manhattan School of Music (Nova York/EUA/1998-2003). Nesse período colaborou com muitos músicos, dentre eles, o lendário pianista brasileiro, radicado nos EUA, Dom Salvador. No Brasil, atuou em bandas como Paulinho da Viola, Carlinhos Brown, Fátima Guedes, Mariana Aydar e Céu. Magnelli tem 7 discos lan;ados, dentre eles Whisky com Guaraná (2002) e Zanzando (2014).
Jazz brasileiro, ou a mistura de ritmos brasileiros com jazz, é como Dado define o som que fa. “Quando voltei ao Brasil fiz um estudo aprofundado de percussão brasileira que já havia começado em Nova York. Aqui, dei continuidade com minha participação na bateria da Escola de Samba Vai Vai e posteriormente com o estudo de bateria. Além disso, pratico piano clássico e popular. Tudo isso me ajuda a desenvolver uma linguagem de improvisação brasileira.”
Serviço:
- O quê: show de Dado Magnelli, com lançamento do álbum Violeta
- Quando: sexta-feira, 25 de abril, às 20 horasOnde: CTJ Hall, casa Casa Thomas Jefferson, na 706/906 Sul
- Quanto: Entrada franca, sem necessidade de retirada antecipada de ingressos.