Distrito Federal inaugura Horto Agroflorestal no Ministério da Saúde

Sede do órgão federal na Esplanada dos Ministérios abriga a 31ª unidade da iniciativa, fruto de parceria entre a Secretaria de Saúde e a Fiocruz Brasília; DF adota estratégia como Prática Integrativa em Saúde

O processo de implantação do novo HAMB foi concluído por grupo de profissionais da SES-DF, da Fiocruz Brasília e do Ministério da Saúde, após vários dias de atividades teóricas e práticas na localidade. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

A sede do Ministério da Saúde (MS), na Esplanada dos Ministérios, passou a abrigar a nova unidade de Horto Agroflorestal Medicinal Biodinâmico (HAMB), iniciativa da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Brasília. O processo de implantação foi concluído na última semana, após vários dias de atividades teóricas e práticas na localidade.

No Distrito Federal (DF), desde 2018, os HAMB têm sido implantados como estratégia de descentralização do cultivo de plantas medicinais e de promoção da saúde no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses hortos diferenciam-se de outros por serem construídos com a comunidade e com princípios da agroecologia, agrofloresta e agricultura biodinâmica.

Com quase 47 anos de serviços prestados à Fiocruz, Clodoaldo Pinheiro, 77, compôs o grupo de profissionais das três entidades envolvidas nesta implantação. Em seu currículo e em sua memória carrega a participação na 8ª Conferência Nacional de Saúde, a primeira a contar com presença popular e cujo relatório final apresentou as bases do SUS. Em seu olhar, a gratidão por agora fazer parte de outro movimento valioso.

"A gente enxerga com os Hortos o desenvolvimento de uma coisa que é aparentemente tão simples, mas é tão significativa para o ser humano; porque promove o resgate às origens, àqueles conhecimentos tradicionais", avalia. A cooperação foi outro elemento que chamou a atenção durante o processo. "É maravilhoso você estar enturmado com as pessoas; estar aprendendo e ensinando ao mesmo tempo. A união é que faz a força", completa.

"Promove o resgate às origens, àqueles conhecimentos tradicionais", avalia Clodoaldo Pinheiro, 77, participante desta implantação. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

Ações intersetoriais

A solicitação para o compartilhamento da tecnologia partiu da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (Coass) do Ministério da Saúde. A intenção é fomentar, dentro do próprio órgão federal, ações intersetoriais, relacionadas à promoção da saúde, às plantas medicinais e fitoterápicos e, claro, à saúde do trabalhador.

"A ideia é trazer o trabalhador para esse espaço onde ele poderá entender um pouco sobre o processo de cultivo, de onde sai o alimento que ele consome. Aqui a gente está cuidando de quem cuida, de quem faz política pública", explica a integrante da Coass e responsável por este HAMB no MS, Gisely Coité.

A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB) conta agora com 31 unidades. Foto: Ualisson Noronha/Agência Saúde-DF

Práticas Integrativas em Saúde

A Rede de Hortos Agroflorestais Medicinais Biodinâmicos (RHAMB) conta agora com 31 unidades. Em 2024, foram construídos 13 novos espaços; e, neste ano, outros três. Os cursos de aperfeiçoamento, realizados anualmente desde 2023, capacitam 50 servidores a cada nova edição.

A Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde (PDPIS) prevê a oferta de 17 Práticas Integrativas em Saúde (PIS) no DF. Entre as racionalidades constantes na PDPIS está a Medicina Antroposófica, que fundamenta a agricultura biodinâmica e considera o ser humano de forma holística, integrando a medicina convencional com terapias alternativas.
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